Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

O nosso 31 de Janeiro… em 1971! ...Dos mais históricos 4-0 do F C Porto ao Benfica!!!


Se há dias e factos que não mais esquecem, um desses fastos é a data de 31 de Janeiro - tão intimamente ligada ao Porto. Uma efeméride que se celebra hoje, neste dia 31 de Janeiro, senão com alguma pompa pública, pelo menos na imagem da memória coletiva. Tal o significado, afinal, da revolta assim chamada, por ter tido lugar nesse dia, como percursora, em finais do século XIX, da mudança de regime mais tarde registada, em 1910. E, especialmente, que é o que mais importa, outras recordações mais pessoais e emblemáticas, pois que o que nos move mais são contas de outro rosário, até porque a política cada vez atrai menos, com o que está a acontecer desde há anos a esta parte… e atualmente com maior incidência. 

Assim, deixando de lado essas ocorrências que tais, interessa-nos, no caso, outra lembrança de um outro 31 de Janeiro, muitos e muitos anos depois, já em pleno século XX, mais precisamente em 1971: a vitória de 4-0 sobre o Benfica, com quatro golos de Lemos.


Na verdade, nós (exprimindo-se o autor destas linhas no plural, como mandam os cânones), quanto ao que nos toca bem fundo da representação portista no desporto-rei, porque no campeonato de 1959 não tínhamos idade suficiente para memorizar, e, de permeio (com a travessia derivada ao estado político-social do país macrocéfalo-salazarista), tendo nós apenas tido como grande alegria o oásis da Taça de Portugal de 1968, ao deparar-nos então com tamanha goleada ao clube do regime, vibramos naturalmente, ficando esse dia marcado a letras de ouro no memorial de nossos melhores dias. 

Como tal, celebrizando esta efeméride, com a pompa e circunstância mais íntima mas sentida que nos apraz recordar, aqui deixamos uma visão de uma página jornalística, a bom propósito. Numa imagem (ainda na impossibilidade de digitalização, como já referimos em anterior oportunidade), que mostra, por captação fotográfica, tal ambiência contendo curiosa entrevista alusiva – onde o António José Lemos conta peripécias, inclusive como foi prejudicado depois… por ter marcado aquela cabazada ao clube imperial. Numa abordagem jornalística mais tarde vinda a lume, também, qual lamparina acesa no vigor de azeite emergente, à tona da vida.


© Armando Pinto 
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sábado, 26 de janeiro de 2013

Campo da Constituição secular…!


Faz hoje um século que, em plena zona do miolo da urbe  portuense, o F. C. do Porto começou a utilizar o segundo recinto de jogos da nossa História. Tendo sido então, há 100 anos, que foi inaugurado na Cidade Invicta o Campo da Constituição, histórico sítio do imaginário de antigas e sucessivas gerações Portistas e casa sentimental do FC Porto. Um torneio de futebol, com a presença da equipa da casa, mais do Real Vigo, do S.L. Benfica e do Oporto Cricket foi a primeira competição disputada no local. 

Efetivamente, a 26 de Janeiro de 1913, um domingo, começou o "Torneio das Três Cidades", numa competição de futebol de alto nível, qual acontecimento a marcar a inauguração oficial do Campo da Constituição. As três cidades eram o Porto, Lisboa e Vigo, sendo o Oporto Criket, o Benfica e o Vigo FC os clubes convidados.


Por motivos técnicos (na impossibilidade momentânea de efetuarmos digitalizações, devido a erro informático do scanner pessoal), não é possível colocar algumas páginas e imagens alusivas, como teríamos muito gosto em partilhar. Estando assim impedidos de abordar o tema como o caso merecia. Mas, dentro da importância histórica na vida do nosso F. C. Porto, não poderíamos deixar passar a efeméride, fazendo por isso esta referência, ainda que reduzida, bem como colocando dentro do possível umas imagens de arquivo, da antiga frontaria do campo, mais o respetivo emblema clássico, aqui em cima; e, abaixo, um instantâneo curioso do tempo em que ali decorriam jogos no recinto pelado (sendo a foto dum jogo de Andebol de Onze, motivo porque o atleta focado não usava caneleiras... e sabendo-se que naquele campo evoluíam equipas das diversas modalidades de jogos de bola então existentes no F. C. Porto).


Isto, em breves palavras, mas bem intencionadas, para que o tema seja assim ao menos lembrado.

Armando Pinto

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

“Mestre” Pedroto – de eterna memória…!


Janeiro é mês de inúmeras efemérides, sobre os mais variados aspetos e feitios, muito naturalmente. Mas, das diversas curiosidades que nesse campo engloba, é também um mês, no que toca à Memória Portista, de datas inesquecíveis na vida do F. C. Porto. Quanto, entre tantos, se pode recordar o caso de José Maria Pedroto, nomeadamente por ter sido em 7 de Janeiro que ocorreu o seu falecimento; tal como, por outro lado, uns bons anos antes, no mesmo mês se dera a realidade da sua aceitação para o seu regresso oficial às Antas, num retorno ao comando da equipa principal azul e branca que deu frutos históricos. 

Com efeito, foi em finais de Janeiro de 1976 que José Maria Pedroto, na altura ainda treinador do Boavista, se comprometeu com Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa em assinar contrato com o F.C. Porto, carimbando então o seu regresso e o de Nuno Pinto da Costa (afastado do dirigismo desde 1971 e se candidataria pela lista vencedora de Américo de Sá em Maio do mesmo ano). Dando-se depois a assinatura oficial do contrato, mais tarde, em Junho seguinte.


Serve pois este mote (visto anteriormente já termos referido outros) como mais um motivo para evocarmos esse Senhor que, com Pinto da Costa, esteve na linha da frente da maior afirmação existencial do nosso F. C. Porto, como bem se sabe.

Interiorizado como temos que a sua memória é perene, recordamos com grande estima esse nome sagrado do Portismo que nos enche o ser, através de respigos de algumas páginas escritas pelo também saudoso Manuel Dias, grande jornalista e escritor que escreveu «F. C. Porto – 100 Anos de História / 1893-1993» - onde ficaram devidas referências a Pedroto como jogador e como treinador do F. C. Porto.









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= Recorde-se que, na grande admiração que o autor destas linhas manteve pelo sr. Pedroto, o grande sr. José Maria Pedroto que foi e é nome emblemático do F. C. Porto, colocamos, em tempos, no nosso anterior blogue “Lôngara…” (entretanto retirado da interne por destruição de adeptos adverrsários e aqui continuado pelo atual “Memória Portista”) alguns posts recordatórios de J. M. Pedroto... 

 Armando Pinto

domingo, 20 de janeiro de 2013

Memória Portista na Revista J, d’ O Jogo


A Revista J, em muitas das suas edições semanais, tem dado destaque a blogues com características especiais, dentro dos parâmetros de atração e interesse da matéria da própria revista que, como se sabe, acompanha o jornal O Jogo aos domingos. Desta vez, em seu número de hoje, dia 20 de Janeiro de 2013, foi este nosso blogue quem mereceu esse lugar honroso.


Com efeito “Memória Portista” teve lugar de destaque no número deste domingo da Revista J, como referência em sua página “Zona J”, de informação aos leitores.



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sábado, 19 de janeiro de 2013

Em dia de Aniversário: Parabéns Lucho! - Venha daí mais uma vitória!


O “nosso” Lucho González faz hoje 32 anos, nesta data do Porto-Paços de Ferreira, em jornada a contar para o Campeonato Nacional da 1ª Liga. 

Em dia de aniversário natalício dele e de realização de jogo da equipa principal de futebol do F. C. Porto: Que esta efeméride possa ser feliz, é quanto todos nós Portistas desejamos. Que a prenda conjunta, para o nosso capitão e para todos nós, seja mais uma alegria, em mais uma vitória!


Parabéns "El Comandante"!!! 

Venha daí essa "pála", nesse seu gesto de golo, em sinal de nossa vitória!

a) Armando Pinto

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

António Araújo: Um Símbolo do F. C. Porto de meio do século XX…


Sempre houve figuras salientes na vida do F. C. Porto que, no decurso da História Portista, atingiram um plano de tal forma representativo que, em associação emblemática, foram considerados como bandeiras do clube. Tal o caso, nos primeiros anos de maior implantação clubista, de uns Valdemar Mota, Siska e Pinga, a que se seguiu um… Araújo. António Araújo, grande futebolista do F C Porto de meio do século XX, autêntico ídolo dos campos de futebol na década dos anos 40... Antes, portanto, do aparecimento de Hernâni, Américo e outros imediatos, até Gomes e Cª… de sucessores. 

Tanto assim foi que Araújo está oficialmente considerado uma das "Lendas do F. C. Porto", segundo a homenagem que foi proporcionada ao mais alto nível aquando da inauguração do pavilhão Dragão Caixa, ficando assinalado com um círculo alusivo, também, no passeio da fama implantado no espaço fronteiro à entrada do mesmo atual pavilhão gimnodesportivo portista.


Como tal, é na literatura azul referido a propósito: «António Araújo - Um avançado de grandes potencialidades, que se sagrou melhor marcador do campeonato em 1947/48, apontando 38 golos. Pela seleção marcou 6 golos em 9 partidas. A seleção portuguesa da altura era designada com algum sarcasmo por «Sport Lisboa e Araújo». O maior momento de glória de Araújo foi na 1ª vitória oficial frente à Espanha, em 1947. Portugal venceu por 4-1, com os dois primeiros golos apontados pelo António Araújo.»


A sua biografia ficou superiormente resumida no trabalho de Rodrigues Teles, aqui acima postada, em resenha sobre a galeria dos Internacionais do F C Porto, dos quais ele foi o 17º cronologicamente a ter atingido os galões na lista de futebolistas azuis e brancos que chegaram à Seleção A portuguesa. 


Dessa fama era ilustrativa a associação interligada que a seu tempo lhe era atribuída, como demonstra uma capa da revista Stadium, que em 1946 legendava precisamente o seu nome em conexão com o do clube. Em número de cuja edição, de 23 de Outubro de 1946, são ainda as imagens que colocamos no fim (vendo-se Araújo assistindo a uma cabeçada do colega Correia Dias e ele mesmo a vencer a oposição dum adversário), nuns clichés visuais  duma jornada a contar para o Campeonato Regional do Porto (prova que antecedia as competições a nível nacional e apurava os primeiros da Associação para o campeonato português). Jogo esse, acrescente-se, em que a equipa principal do F. C. Porto derrotou o Salgueiros por 5-2, com 4 golos de Araújo, na disputa da 2ª volta daquela competição portuense - depois de na anterior rodada o clube Portista ter vergado os Salgueiristas copiosamente por 18-0, com 7 golos de Araújo…


A carreira de Araújo foi célebre, como atestam as diversas descrições que tem merecido e consta de livros e variadas edições publicadas. 

Armando Pinto 
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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Jogo Benfica-F. C. Porto: Mais um daqueles…!


Diz a letra duma canção, dessas cantigas em voga transitória, que, generalizando, não se deve voltar ao lugar onde fomos felizes, mas nem sempre será assim, tanto que todas as regras têm exceções e a da nossa sensatez diz-nos que sempre é bom voltarmos ao lugar onde somos felizes. Neste caso ao nosso salão de festas, onde festejamos e gostamos de comemorar até às escuras… 

E porque o passado não tem que ser apagado, estamos confiantes. Aliás, em sinal de que é bem positivo voltarmos, é que desde que existe o estádio da luz apagada, os números são concludentes: O F. C. Porto ganhou mais vezes no novo estádio da Luz, que o Benfica, nos confrontos diretos Benfica / F. C. Porto; e… o F. C. Porto já foi mesmo campeão em pleno estádio da Luz. Com festa de consagração e banho vitorioso, para que conste… sempre. 

Mas desta vez vem-nos à mente um outro jogo, inesquecível também. Um daqueles… tais!


Pois bem! É que nem só daquele relvado, o regado fora de horas, falam as nossas boas recordações. Também do antigo, do entretanto desaparecido estádio anterior, temos boas memórias, quer históricas como pessoais. Do que reza a história ali vencemos logo no dia da respetiva inauguração; ao passo que, quanto ao que já vivemos, temos diversas vitórias ali também saboreadas. Entre as quais – há sempre um jogo especial – temos como inesquecível aquela vitória por 2-3 (em "score" assim colocado, sendo em casa do adversário), com golo da vitória ao cair do pano, nos últimos minutos, num colocado remate de Timofte.

Quem não se lembra? …Depois de um jogo emocionante, contando mudanças constantes e incertezas na marcha do resultado. E que jogo! Quando, após duas vezes em que estivemos à frente do marcador, sofremos pela segunda vez um golo de empate, já estávamos mais que lixados, empatados, vendo tudo de pensamento aturdido e meio atordoado… eis que, já sem esperarmos, na verdade, ouvimos (pois então ainda acompanhávamos os jogos por relato radiofónico, aos domingo de tarde…), entrando-nos pelos ouvidos e logo saltando a todos os sentidos, que era golo… outro… novo golo do Porto!


João Pinto, o célebre nº 2 do F. C. Porto de Pinto da Costa, primeiro fizera o 0-1, através de um remate certeiro na marcação duma grande penalidade; já na 2ª metade do jogo, após sofrermos o empate, o Kostadinov, aos 84 minutos fez o 1-2, mas logo no minuto imediato os gajos voltaram a empatar. Então, quando já nem sabíamos se a vida valia a pena ou não, quatro minutos depois, e quase sobre a hora final, aos 89, Timofte tirou da cartola um remate de se lhe tirar o chapéu… e tudo ganhou de novo cor e alegria, dando outro sentido e verdadeiro interesse em estarmos a viver, assim, a nossa vida. Num fim de tarde inesquecível, numa solarenga tarde domingueira de entrada da Primavera, a 22 de Março de 1992.


Entretanto, muitos outros jogos houve, antes e depois, mas aquele… ficou-nos sempre na memória. Curiosamente com resultado igual ao da época passada, noutra vitória também obtida quase no encerramento da contenda, a calhar mesmo bem, pois assim foram os gajos, os adversários, que ficaram lixados, de cara à banda… e com cabeça de melão.


Ora, enquanto isso, sabe-se, mais, que no total dos tempos o F. C. Porto e o Benfica já se defrontaram 223 vezes e que o Porto tem 86 vitórias contra 83 do adversário – como não manter firme a esperança, de continuarmos a ser felizes?! 

Observação: Para não variar, este jogo está marcado sob suspeição, com a indicação dum árbitro suspeito. É voz pública: João Ferreira, o árbitro estranhamente escolhido para dirigir e decidir o clássico da Luz, é conhecido por João Pode Ser João… em virtude de ter sido o ESCOLHIDO PELO “ORELHAS” NA ESCUTA ABAFADA (Apito Encarnado abafado), onde o homem do pó dos pneus DIZ QUE PODE SER O JOÃO FERREIRA... Depois, acresce ainda, João Ferreira, FOI O 4º ÁRBITRO NO JOGO DOS TÚNEIS E À CUSTA DO RELATÓRIO DELE HULK E SAPUNARU FORAM SUSPENSOS... 

Deixando de lado essas manobras de bastidores em que os adversários são useiros e vezeiros, fixemo-nos apenas no embate em apreço, no jogo em que temos já os sentidos. Um encontro em que, desejamos, pode aparecer e ficar mais um nome associado a mais um bom resultado para as hostes azuis e brancas. Como estará sempre na Memória Portista, por exemplo, um Hernâni, marcador, aos mouros vermelhos, do golo que nos deu uma célebre Taça de Portugal, em 1958… bem como o Naftal em 1965, para o campeonato… o Pinto em 1968… como o Lemos, dos seis golos numa época aos adversários encarnados (dos quais 4 num só jogo!), em 1970/71… mais o "Bi-Bota" Gomes, quando com um golo de cabeça calou a moldura do campo de batalha da antiga Luz, em 1985... tal como Jardel com aquele golo matado com o peito… o Deco com um autenticamente a régua e esquadro… idem, o Quaresma numa das suas trivelas… etc. etc. .. até Falcao e Hulk, ainda de boas e frescas memórias… ah, e aquele do Timofte, em 1992.


Desse jogo, o jogo que evocamos desta vez, ficam algumas páginas e imagens, respigadas do livro “F. C. Porto – O Dragão soma e segue – Álbum 91/92”, de Manuel Dias; e da revista “Dragões”, de Abril de 1992. 

Armando Pinto
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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

João Brito: Guardião hoquista do F. C. Porto e nome do hóquei em patins português


Na oportunidade do hóquei em patins estar na crista da onda, com a atualidade do clássico Benfica / F. C. Porto que se disputa no pavilhão da Luz, em Lisboa (sob suspeição de mais favorecimento caseiro ao clube do regime, na linha do que aconteceu a época passada …!), trazemos agora à tona das memorações Portistas um tema relacionado: Recordando-se, desta feita, um dos valores do passado na modalidade dentro do F. C. Porto – o antigo guarda-redes internacional João de Brito.

Brito começara por se posicionar diante das balizas do F. C. Porto no final da década de cinquenta, do século XX, mais precisamente em 1958. Nesse tempo (como enquadramento), refira-se que era entusiasta um jovem que mais tarde foi figura lendária da modalidade, Cristiano Trindade Pereira. Através duma descrição do qual, a propósito, se pode ter ideia do ambiente dessas eras e da composição da equipa portista, em época de reformulação do hóquei no F. C. Porto... Assim, atente-se nas recordações de Cristiano:



Ora, retomando patinadela para a frente, na linha de anteriores recordações hoquistas, em nosso espaço da blogosfera - tal como já lembramos casos de Cristiano, irmãos Barbot, Castro, Zé Fernandes, Leite, Ricardo, etc. - desta vez damos lugar a uma evocação sobre Brito, o referido João Brito, guardião da equipa que conquistou o Campeonato Metropolitano para o F. C. Porto, em 1969, e durante diversas épocas mais representou o F. C. Porto, antes na defesa da baliza e depois como treinador. Havendo sido sob sua orientação que o F. C. Porto venceu a sua primeira taça europeia, pois foi com João Brito a treinador que a equipa sénior de hóquei em patins do F. C. Porto conquistou a Taças das Taças da Europa em 1982.


Como praticante Brito alcançou estatuto de figurar no lote dos melhores hoquistas, como comprova o facto de ter vestido a camisola da seleção portuguesa, num tempo em que o hóquei português era sobretudo sulista. Curiosamente, chegado que foi à seleção como segundo jogador do norte (como ao tempo estava reservado por norma e apenas para os hoquistas da área da Associação do Porto - sendo o outro nesse ano Júlio Rendeiro, ao tempo defesa do Infante de Sagres, e tendo então cabido a Brito a função de guarda-redes suplente da seleção). 

Nessa condição Brito incluiu a seleção que brilhantemente alcançou título vitorioso no Campeonato do Mundo disputado em 1968 no Porto, sagrando-se ele aí também campeão mundial. Um feito, da seleção A de hóquei patinado, que levou inclusive à edição duma publicação da Agência Portuguesa de Revistas, através dum pequeno livro escrito por Amadeu José de Freitas, sob título “Selecção – Orgulho de Portugal” – do qual se respiga uma parte referente à participação de João Brito.


Repare-se que, então como agora também acontece (em casos bem recentes…), Brito era ainda referido como sendo do Académico, quando já se comprometera novamente com o F. C. Porto. 

João de Brito principiou aliás a sua carreira no Futebol Clube do Porto em 1958, havendo de permeio se transferido para o Académico do Porto em 1962, para depois voltar ao F. C. Porto em 1968, ano em que assinou o regresso, passando a defender de novo a equipa da Constituição e das Antas a partir da nova época iniciada em Fevereiro de 1969. Sendo assim já nessa condição que foi chamado a representar Portugal no Campeonato do Mundo realizado no pavilhão dos Desportos do Palácio de Cristal, no Porto.

Com efeito, entretanto Brito integrara a Seleção Nacional que conquistou para Portugal o Mundial da modalidade em 1968, prova disputada na cidade Invicta, fazendo parte de valioso lote que incluía nomes deveras famosos desse tempo – como se dá conta no recorte colocado aqui de seguida.

= Quadro de resultados da seleção portuguesa campeã de 1968. Na foto a equipa da seleção nacional: a partir da esquerda – em cima – Fernando Adrião, Casimiro, Salema, Júlio Rendeiro, Jorge Vicente e Solipa; em baixo – Livramento, Brito, Vitor Domingos e Leonel. = 

Voltou depois Brito também à seleção por algumas vezes mais, embora episodicamente, como se vê por imagem da seleção portuguesa que em 1969 participou nos Jogos Luso-Brasileiros. Na qual constam (vendo-se, a partir da esquerda): em cima – Jorge Vicente, Solipa, Campos, Garrancho e Livramento; em baixo – Cristiano, Brito, Vitor Domingos e Rendeiro.


Fixado por fim na formação Portista, Brito teve comparticipação ativa na fase de afirmação do F. C. Porto na modalidade, ao lado de Cristiano, Magalhães, Leite, Ricardo, Hernâni, Castro, Fernandes, Barbot, Jorge Câmara, Augusto, Campos, Vale, etc. etc. 

Dando especial atenção à fase de atleta, fixamos imagem duma das formações que compôs quando ao serviço do F. C. Porto se salientou enquanto guarda-redes principal.

= Equipa principal de hóquei do F C Porto na época de 1970/71: (a partir da esquerda) em cima – Hernâni Martins, António Júlio, Cristiano e Ricardo; em baixo – Fernando Barbot, Zé Manel, Brito e Soares Pereira.= 

Armando Pinto 
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terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Boas Entradas - com Portismo de Sempre !


O novo ano, que alcança a conta de 2013 depois da Era de Cristo, dá os primeiros sinais e logo há motivos clubistas, no pensamento portista: 

Neste primeiro dia, em que o F.C. Porto abriu as portas do Estádio do Dragão para os adeptos Portistas poderem assistir ao primeiro treino dos bicampeões nacionais, houve banho de multidão perante numeroso público que afluiu às bancadas do estádio azul e branco, pois mais de dez mil adeptos (entre 13 a 14 mil) puderam ver os jogadores de perto, nesse momento já tradicional e facto sempre merecedor de registo. Enquanto, horas antes, havíamos precisamente estado numa conversa familiar a puxar por memórias de adeptos com muitos anos de tarimba, vindo à baila diversos nomes admirados de outrora. Ao passo que uma recente comunicação recebida nos pedia informações de um outro ídolo da bola de outrora, daqueles de que não aparecem muitas informações e até imagens... 


Como tal, na conjugação do afeto atual e apego bem enraizado, nestas loas de Espírito Portista, oferecemos como benesses da quadra, melhor que uvas passas, algumas imagens dignas de figurar em painéis da Memória Portista. Juntando assim, através de imagens de outros tempos, uns fogachos de apreço, recordando (nestas três fotos espalhadas ao longo do artigo) alguns nomes históricos do F. C. Porto, como Barrigana, Alfredo Pais, Virgílio, Joaquim, Pedroto… numa girândola gloriosa.


Armando Pinto 
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