Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

F C Porto no Grupo H e com cartaz ancestral na Liga dos Campeões...


Como os melões e as mulheres - só depois se sabe, mesmo às colheres... Assim, tal qual, também o futuro do F C Porto na prova da Liga dos Campeões Europeus, é uma incógnita, até se experimentar. Enquanto estamos apenas no campo das probabilidades.

Assim sendo, sabe-se que o F C Porto está no grupo H, de Homens e com boas possibilidades, à vista teórica, perante o valor conhecido dos contendores e sobretudo da equipa do F C Porto. Com a curiosidade do clube espanhol que tocou em sorte, na tiragem das bolas do sorteio, ser o clube que calhou na primeira vez que o F C Porto entrou na alta roda das competições europeias. 

Atendendo ao facto, sendo o confronto entre o nosso colosso português e o representante basco, como é o clube espanhol Atlético de Bilbau, um género de atrativo cartaz que se repete mais de meio século volvido - agora com o F C Porto a ter outras e melhores possibilidades, obviamente - reparamos nessa particularidade. Transpondo para aqui um interessante artigo da página informática do Maisfutebol - porque os bons exemplos merecem atenção e divulgação:

FC Porto-At. Bilbao: o duelo da estreia europeia em 1956 -

O clube português F C Porto volta a encontrar um velho conhecido adversário espanhol, permitindo o regresso de Julen Lopetegui ao País Basco. Indo medir forças o FC Porto com o Atlethic Bilbao, com duelo marcado no Grupo H da Liga dos Campeões 2014/2015. Será um jogo especial por vários motivos, antes de mais por significar o reencontro entre dois clubes que fizeram a estreia europeia em 1956: um contra o outro, no Estádio das Antas. Era a primeira eliminatória da Taça dos Clubes Campeões Europeus, antecessora da Liga dos Campeões. O FC Porto recuperara o título nacional e logo com dobradinha. Ainda assim, o técnico Dorival Knipel (conhecido como Yustrich e com um feitio complicado) saíra do cargo após uma discussão acesa com dirigentes e entrara Flávio Costa, antigo selecionador brasileiro que ficou marcado pelo Maracanazo.


Os dragões receberam então o Atlético de Bilbau a 20 de Setembro de 1956. O entusiasmo durou pouco, já que Gainza colocou os espanhóis em vantagem ao sexto minuto de jogo. José Maria ainda fez o empate após o intervalo, mas Canito beneficiaria de uma grande penalidade (inexistente, segundo algumas crónicas) ao minuto 80 para selar o resultado final. 

Com o 1-2 caseiro, no jogo de estreia nas competições europeias, o FC Porto via-se obrigado a vencer no San Mamés. Aí a formação portista entraria melhor e até marcou primeiro, por intermédio de Hernâni. Porém, Arteche estava inspirado e completou um hat-trick, de nada valendo o golo de Jaburu (terminando o jogo com derrota portista por 2-3).



O duelo no País Basco ficou porém marcado pelo penálti assinalado ao minuto 73, a favor da equipa caseira. Os jogadores portistas revoltaram-se e ameaçaram sair do relvado, ditando uma interrupção de sete minutos. Pelo caminho, Virgílio foi expulso. Arteche aproveitou e fez o 2-2, fixando mais tarde o resultado final. 

O FC Porto ficou assim pelo caminho e o Atlético de Bilbau avançava até aos quartos-de-final, até depois cair perante o Manchester United. Enquanto Flávio Costa sairia do F C Porto sem glória, permitindo um regresso temporário do controverso Dorival Yustrich.

= Flávio Costa =

Agora, daqui a dias, os dois clubes voltam a encontrar-se, a 21 de Outubro e 5 de Novembro de 2014, ou seja, 58 anos mais tarde. Quase tudo mudou entretanto. Já não há Estádio das Antas. Nem o antigo San Mamés.

Será um reencontro especial, por certo, permitindo ainda o regresso de Julen Lopetegui ao País Basco. O treinador espanhol do FC Porto nasceu em Asteasu, a cerca de 100 quilómetros de Bilbau. «É um regresso a Euskadi, à minha terra e isso é sempre bonito. Mas o mais bonito é fazer um bom jogo, num estádio espectacular, com uns adeptos maravilhosos, contra uma equipa muito boa. Vai ser um jogo bonito», disse Lopetegui.

E será ocasião de repor forças, desejamos bem. Qual tempo de servir a sobremesa, com toque de melão - à imagem de alguns melões que foram abertos cá por Portugal nos tempos memoriais de nossos dias.


Armando Pinto

terça-feira, 26 de agosto de 2014

19ª presença do F C Porto na fase regular da Liga dos Campeões


UEFA Champions League, play-off, 2.ª mão, resultado final: FC Porto - Lille, 2-0 (3-0 no total). Marcadores neste segundo jogo, em ambos os casos na 2ª parte: Brahimi, aos 49 minutos e Jackson aos 69 minutos.


Com este ótimo resultado, os Dragões confirmaram a 19ª presença da equipa portista na prova. Eis assim que o F C Porto alcança a fase de grupos da Liga dos milhões, pela décima nona vez. Sendo um dos poucos totalistas, numa particularidade interessante e sobretudo  cativante, como um dos grandes do velho mundo.

Ora, o Lille lá teve de jogar com relvado húmido, tendo o jogo decorrido naturalmente no estádio do Dragão, sem cobertura tapada… apesar da chuva. O que obviamente apenas contou pela evidente superioridade do F C Porto, que, sem ter feito uma exibição de encher os olhos, jogou em quantidade necessária para ser conseguido um resultado consolador. Demonstrando-se mais uma vez que as vitórias são motor potente, pois enquanto o resultado esteve indeciso foi evidente alguma clivagem entre a massa adepta, notória ainda depois quando o público se apercebeu que o caso Quaresma está a ser levado ao sabor de vontades. Lopetegui deve ter noção que nem sempre tudo corre bem, apesar de em Espanha, segundo se soube, haver sido referido, a propósito, na TVE 1, quão "equipo sólido construe Lopetegui"  e todos vermos que sim.

...Esperemos que sim, mas com melhor gestão em toda a amplitude clubista. Para o que já deve ter contribuído a imagem final, quando as câmaras televisivas apanharam o momento entre treinador e extremo.


«O árbitro apitara para o final do FC Porto-Lille, confirmando a passagem dos portistas à fase de grupos, quando Julen Lopetegui e Quaresma se cumprimentaram, não passando despercebido o abraço do treinador basco ao extremo português, bem como ao espanhol Adrian Lopez.»

Objetivo cumprido a preceito, portanto, por quanto voltamos a poder estar na fase de grupos da Liga dos Campeões, mantendo o estatuto já habitual. O FC Porto, ao ter ultrapassado agora o Lille no play-off da Liga dos Campeões, garantiu não só a presença no sorteio da fase de grupos como um lugar na história da prova milionária.



Com efeito, o clube portista passa a totalizar 19 presenças na fase de grupos da Champions, igualando a marca do Manchester United, que devido a ausência desta temporada é igualmente alcançado pelo Real Madrid e Barcelona. Incluído que fica o clube Dragão em tal restrito grupo de clubes históricos.

Armando Pinto

OBS.: Imagens captadas através de grupos amigos do Facebook e sites do Fotos da Curva, do Zerozero e d' O Jogo, pela Internet.

domingo, 24 de agosto de 2014

Mais umas cenas de (outro) filme…


A ideia do ponto de partida para este artigo nem saiu totalmente da cabeça aqui do autor do texto (e gestor deste blogue), mas sim por extensão de certo post dum amigo de nossa página pessoal do facebook. Calhando a propósito, para estas memorizações atinentes a puxar por um Portismo firme e esclarecido, entre quem goste de conhecimento e documentação sobre história do F C Porto e consequentemente memória portista.


Ora, todos sabem o que se passou agora, nas últimas horas, com o caso Quaresma. Inicialmente, quando esteve como suplente e entrou a pouco tempo do fim, em Lille, com  os repórteres da comunicação social a rodeá-lo com questões tão falsamente enredadas que logo Ricardo Quaresma sugeriu que deixassem de fazer filmes… Depois os adversários não desistiram de seus intentos e, por não ter sido convocado por Lopetegui para o segundo jogo da Liga, inventaram que até já estaria de saída.... A tal ponto que Quaresma se sentiu na obrigação de dizer qualquer coisa, tendo então colocado na net uma mensagem,  adiantando: «Amigos, o Porto é o meu clube, esta é a minha casa, podem parar com a especulação. Juntos somos uma grande equipa, sei que vão dar tudo por tudo para ganhar ao Paços de Ferreira. Somos Porto.»


Entretanto, Portistas houve que se deixaram ir na onda vermelha e verde de tais dislates. Então, para tentar contrabalançar, escreveu alguém que sabe, um bom Portista e atento desportista - e eu acredito: ´´Danilo e Quaresma ficaram de fora porque vão ser titulares na terça-feira. Aos mais desatentos, não entrem nessa onda de fazer filmes com Quaresma. A isto se chama gerir o plantel...`` Acrescentando nós, ainda: Porque será que quando Cardozo do SLB empurrou o Jesus os jornais trataram logo de branquear a situação... E com o F C Porto um simples amuo, seguido dum afastamento temporário, dá para encher papel às resmas e tempos de antena, que nem quaisquer políticos na berra conseguem assim?

Porém estranha-se que de dentro do clube não tenha aparecido nada nem ninguém a defender a imagem de Quaresma, mesmo para salvaguarda às opções do treinador Lopetegui, deixando antes rolar o marfim…

Ora, lembramo-nos ainda agora de um outro caso, estranhamente tratado de muito diferente maneira, a nível (des)informativo:


Vítor Baía, o melhor guarda-redes português das últimas três ou quatro décadas de anos, pelo menos, até um dos melhores portugueses de todos os tempos e o futebolista com mais títulos conquistados em todo o mundo - tendo de permeio sido reconhecido oficialmente, como por exemplo em 2004 com o Prémio UEFA "Best Goalkeeper 2003/04" de Melhor Guarda-Redes da Europa e  Prémio FIFA "Best Goalkeeper 2003/04" de Melhor Guarda-Redes do Mundo; além de muitos galardões individuais com que foi agraciado, tais como em 2004 a nacional Medalha de Mérito Desportivo; mais diversos Troféus Carreira da Superliga e melhor do(s) Ano(s); bem como em 2008 foi condecorado com a Ordem do Infante D. Henrique (pela República Portuguesa) e recebeu o Prémio "alto prestígio" pela Confederação do Desporto de Portugal, etc.etc. - teve ainda há pouco outra homenagem honrosa a nível internacional, também, anos depois de ter encerrado a carreira. Havendo sido então, ainda muito recentemente, homenageado na sessão pública integrada no sorteio para o Euro 2016. Numa iniciativa levada a cabo pela UEFA, de tributo aos grandes guarda-redes da Europa. Homenagem essa de reconhecimento, muito importante, mas que não mereceu espaço em jornais, nem minutos ao menos nos canais de televisão (a não ser, a descontar, na ocasião da transmissão televisiva em direto do sorteio, que aí não houve outro remédio). 

Pois estas é que deveriam ser notícias mais importantes, mas o que possa engrandecer o F C Porto e seus representantes não interessa aos meios sulistas e elitistas.

Porém, estranhamente, com a noção que estas ocorrências deveriam ser divulgadas, reparamos que, além dos suspeitos do costume, também a nível clubístico o assunto passou algo diluído, pois na generalidade do mundo azul e branco o tema não teve, entretanto, um devido destaque.

E esta, heemmmm...?!

Armando Pinto

sábado, 23 de agosto de 2014

Equipa do F C Porto que derrotou o Lille é a mais nova vencedora em provas europeias


O F C Porto é princípio e fim - como dizíamos aqui no anterior artigo. E é mesmo, tal qual a própria palavra quer dizer, sendo Porto de onde partem e aportam embarcações e tudo quanto abarcam seus meios e destinos. E, por analogia, o Porto é ancoradouro congregador de fortes sentimentos, refúgio de sensações, abrigo de sonhos e ponto de referência superior, qual voo de andorinha, avezinha benéfica, a levar e dar boas novas.

Contrariamente a aves de rapina que andam à cata de presas, à falta de melhor, quase como alguns clubes cujos representantes se julgam mais do que são, maila sua afeta comunicação. A pontos de tentarem por todos os meios minar terreno, até recorrendo a filmes (como alguém dizia, ainda por estes dias), de ficção menor...

Ora, sem ligar a campanhas orquestradas, porque o F C Porto está a começar bem a época futebolística e isso provoca já calafrios em determinadas pessoas, continuamos aqui e agora com mais umas dicas retemperadoras de tempos e modos, aproveitando a maré de recordes que a equipa principal de futebol do Porto está a passar. Desta feita sem tanta repercussão, mas com expressiva mensagem para dentro, por revelar quão apurado e avantajado está o estado atual do futebol portista, comparativamente com tempos de antanho.


Pois então, embora, como diz bem Lopetegui, o F C Porto é que deve ser protagonista, voltamos com algo paralelo, visto o que anda em torno da atualidade do clube merecer sempre atenção e apreço. Daí que, a propósito do jogo da 1ªa mão da pré-eliminatória de apuramento para a Liga dos Campeões, reparemos que a nossa equipa que bateu Lille é a mais nova de sempre a vencer em provas europeias.

Assim, com efeito, até nesse aspeto os “Dragões” fizeram história vitoriosa em França. Com a equipa que se vê na imagem cimeira: Da esquerda para a direita, em cima - Fabiano, Indi, Jackson, Danilo, Casemiro e Maicon; em baixo - Óliver Torres, Alex Sandro, Herrera, Rúben Neves e Brahimi.

Posto isso, passemos a historiar mais esta marca curiosa, relativamente ao F C Porto:

Depois de ter sido dado um passo importante no triunfo em França diante do Lille (por 1-0, como visitante), constata-se que o FC Porto alcançou essa vitória com uma equipa muito jovem em média de idades, dos que alinharam de início. Julen Lopetegui tem demonstrado ser um treinador habituado a apostar em jovens jogadores – Rúben Neves é o exemplo mais evidente - e isso tem-se notado tanto na constituição do plantel como nas equipas apresentadas durante os jogos. 

Estará possivelmente, deste modo, a formatar-se um bom naipe, cujos nomes, por certo, ficarão na História do F C Porto, como alguns símbolos referenciais do passado que  perduram pelos tempos adiante.

= Nomes históricos: José Rolando, Custódio Pinto e Fernando "Pavão"...

Voltando a enquadrar a atualidade destes tempos de 2014: Durante o encontro referente a 1ª mão do decisivo play-off de acesso à Liga dos Campeões, da passada quarta-feira, os “Dragões” entraram mesmo para a história, já, ao apresentar a mais nova equipa vitoriosa em provas europeias - embora contando como terceiro onze com média de idades mais baixa da  história portista, mas, por outro prisma melhor, como formação mais nova a vencer em competições entre clubes europeus. Pois, com a não inclusão inicial de Ricardo Quaresma (de 30 anos) e a entrada de Casemiro (de 22 anos), o onze azul e branco ficou com uma média de idades situada nos 23,48 anos de idade, fazendo assim história no âmbito das estatísticas no F C Porto, sobretudo por ter vencido, ou seja fazendo melhor que as formações antecessoras.

Em todo o caso, para encontrar um onze com menor média de idades nas competições europeias é preciso recuar e recordar um jogo da já extinta Taça das Cidades com Feira (antecessora da Taça UEFA e sua seguidora Liga Europa).


Assim, aproveitando o facto, relembramos: Corriam os anos sessentas e os “Dragões” defrontavam os alemães do Hannover, em 1965, num encontro que ficou marcado por uma derrota por números inesperados de cinco golos sem resposta (que anularam a vitória do F C Porto por 1-0 na 1ª mão). Flávio Costa era o treinador e escalou uma equipa com uma idade média de 22,79 anos, atendendo também ao impedimento de um ou outro com mais idade (como por exemplo o guarda-redes titular, substituído então pelo habitual suplente), através de formação composta por Rui, Atraca, Valdemar, Almeida, Rolando, Luís Pinto, Custódio Pinto, Jaime, Manuel António, Amaury e Nóbrega.

Como ilustração, juntamos fotos relacionadas, mais esta aqui com o plantel alargado com outros elementos utilizados ao longo da mesma época.

Equipa do F.C. Porto, época de 1964/1965. De pé da esquerda para a direita: Rui, Rolando, Azumir, Paula, Miguel Arcanjo, Luís Pinto, Festa, Joaquim Jorge e Américo. Agachados: Jaime, Artur Jorge, Custódio Pinto, Almeida, Rico, Carlos Baptista e Nóbrega (Imagem que, com a devida vénia, recolhemos do espólio do blogue Dragão do Porto).

Depois, outra fornada jovem, com marca dentro do mesmo escalão, alinhou em 1966, um ano depois, quando o clube da “Invicta” voltou a participar na mesma competição com um onze muito jovem (22,89 anos), dessa vez frente ao Bordéus. José Maria Pedroto, o popular Mestre Zé do Boné, era o técnico e, perante as possibilidades do momento, fez entrar de início Rui, Valdemar, Almeida, Sucena, Atraca, Custódio Pinto, Pavão, Rolando, Ernesto, Djalma e Manuel António, num jogo que acabou igualmente em derrota (por 2-1, igualando a respetiva eliminatória, após a vitória portista por 2-1 nas Antas; dando-se por fim o caso da eliminação por moeda ao ar… como ficou na memória histórica).

= Grupo de avançados dessa época: Manuel António, Amaury, Ernesto e Nóbrega.

Até que agora em 2014 a equipa que venceu em Lille, desta feita, foi a mais nova a vencer o jogo correspondente. Havendo, efetivamente, o onze composto por Fabiano, Danilo, Maicon, Bruno Martins Indi, Alex Sandro, Casemiro, Rúben Neves, Herrera, Óliver Torres, Brahimi e Jackson Martínez dado bom resultado e colocado os esquadrão dos “Dragões” em vantagem para a 2ª mão, a ser disputada na próxima terça-feira. 

Assim sendo, daqueles outros tempos, de outrora, serviu o presente, pelo menos, neste caso, para avivar memórias e recordar nomes que muito deram na defesa das cores azuis e brancas.

= Linha atacante de meados da década dos anos sessentas, entretanto com Djalma...

Os tempos agora são outros e o FC Porto é um grande clube europeu mais habituado a vencer, com estatuto carismático e estofo superador de dificuldades, já com tradição de vitórias. Sempre a alcançar novos objetivos e a obter novas forças, consolidando tão grande estatura desportiva.

Armando Pinto

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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Marcas do início da Campanha Europeia 2014/2015 – F C Porto no bom caminho e… Ruben Neves recordista!


O F C Porto sempre será o princípio e fim duma bela realidade, como é o entusiasmo que em muita e boa gente provocam as vitórias portistas. Como desta feita, aconteceu num fechado recinto, no norte de França, em pleno campo do Lille, com presença apoiante de grande falange de portugueses, na primeira mão da eliminatória de apuramento à entrada na presente Europa do futebol. Através de saborosa e importante vitória, que dá agradável vantagem ao F C Porto rumo à passagem para a fase de grupos da Liga dos Campeões.

= Remate e... golo de Herrera !

Com este triunfo, o F C Porto superou a proteção da UEFA ao terceiro classificado do campeonato francês, sendo, através da estrutura liderada pelo francês Platini, permitido ao Lille usar o seu recinto fechado, com o encerramento total da respetiva cobertura do estádio - obviamente para tentar enervar os portugueses e, desse modo, impedindo de cair chuva no relvado, tornar o piso duro e seco... ou seja para os futebolistas do F C Porto não tirarem vantagem da sua superior valia técnica, como seria com relvado húmido e escorregadio para deslizar melhor a bola… E, consequentemente, os portistas ultrapassaram a rispidez e mau perder dos jogadores da equipa francesa, para já.

Assim sendo, já foi dado um passo importante no primeiro jogo de duas mãos. 


Ora, o que foi entretanto, por ora, conseguido, é mesmo bom...muito bom. Mas ainda resta a confirmação, perante o jogo que falta disputar, da 2ª mão, no Porto. Como tal não nos detemos agora nesse aspeto, fazendo mais incidir as atenções em temas relacionados, surgidos ao correr do encontro.

Eis o que, por extensão, será de destacar: - Rúben Neves bateu um recorde de CR7, como na comunicação social costuma ser referido o tão badalado Cristiano Ronaldo, normalmente nº 7.

Pois então, obviamente que o protagonista foi o F C Porto, entrando com o pé direito, como se diz figurativamente. Mas, como tudo o que eleve o F C Porto merece importância, é de se fixar que continua a onda de recordes nas estatísticas do futebol português e, sobretudo, portista. Agora com a estreia de Ruben Neves na Liga dos Campeões Europeus, em que o jovem esperançoso do F C Porto bate a anterior marca do então jogador sportinguista Ronaldo. E com classe superior de ter sido efetivo, ao passo que Cristiano Ronaldo, na sua primeira vez em provas europeias, fora apenas suplente utilizado.


Assim, tal qual: Rúben Neves é a partir de agora o jogador mais novo de sempre a jogar pelo FC Porto nas competições europeias, logo também é o recordista português nessa categoria. Rúben, o criativo médio que se está a revelar ao mais alto nivel, de nome completo Rúben Diogo da Silva Neves, nasceu a 13 de Março de 1997.

Com efeito, o anterior recordista, Cristiano Ronaldo, atualmente extremo do Real Madrid, tinha mais três semanas do que o médio do F C Porto quando, pelo Sporting, foi utilizado na “Champions”. Também numa pré-eliminatória, curiosamente. Desse modo, até à data desta quarta-feira, Ronaldo era o mais jovem que se estreara a nível de competições europeias por uma equipa portuguesa, em provas oficiais. Foi a 14 de Agosto de 2002, em pré-eliminatória que o Sporting perdeu para o Inter de Milão. CR7 tinha 17 anos, seis meses e nove dias. Ora Rúben Neves, que alinhou de início e mais uma vez bem, estreou-se esta quarta-feira, dia 20 de Agosto de 2014, contra o Lille de França, com 17 anos, cinco meses e 7 dias.


Pois os recordes estão na crista da onda e é do F C Porto o novo detentor da marca de estreante com menos idade a alinhar em jogos das provas europeias. Titular no jogo inaugural do campeonato, tendo mesmo apontado o primeiro golo do F C Porto esta temporada, Rúben Neves é o jogador de quem se fala nos azuis e brancos e frente ao Lille tornou-se no futebolista português mais novo a jogar nas competições europeias. O que, mais importante ainda, de extensiva maneira o coloca, também, à frente do lote de futebolistas portistas, nessas condições.

= Fernando Gomes , o anterior mais jovem a nível de futebolistas do F C Porto =

Com 17 anos, 5 meses e 7 dias, Ruben, o médio natural de Mozelos, Santa Maria da Feira, lançado por Lopetegui na primeira equipa azul e branca, ultrapassou a nível de futebolistas do F C Porto o goleador Fernando Gomes, que até agora era o jogador mais novo a atuar nas provas do velho continente, depois de se ter estreado frente ao Wolverhampton a 18 de Setembro de 1974, com 17 anos, nove meses e 26 dias. Tendo como palco o Estádio das Antas, Gomes foi lançado pela primeira vez na Europa pelo brasileiro Aymoré Moreira frente aos ingleses do Wolverhampton, para a Taça UEFA. O FC Porto venceu por 4-1 e aquele que mais tarde viria a conquistar duas Botas de Ouro apontou o último golo, depois de John McAlle, na própria baliza, Teófilo Cubillas e Flávio terem colocado os portugueses na frente do marcador.


Com esse resultado, depois deu para ir até à Velha Albion gerir a eliminatória e obter a continuidade na prova – de cujo jogo, da  segunda mão, respeita a imagem do alusivo cartaz, com que se ilustra esta passagem.


Além de Fernando Gomes, atualmente segundo, o top 3 dos jogadores mais novos a representar o F C Porto na Europa é ainda completado por Hélder Ernesto, terceiro classificado, respetivamente. Hélder Ernesto competiu pela primeira vez a nível internacional a 24 de Setembro de 1969, tendo sido aposta de Elek Schwartz na então Taça Cidades com Feira com 18 anos, três meses e 22 dias. O adversário foi o Hvidovre, da Dinamarca, e em terras nórdicas acabaria por ser Hélder Ernesto a destacar-se na partida, tendo apontado os dois golos na vitória do F C Porto por 1-2. Estes dois golos surgiram já depois dos dinamarqueses se terem colocado em vantagem através de uma grande penalidade convertida.

Isso e mais, como se pode reparar nos apontamentos pessoalmente manuscritos, naquele tempo, por um jovem adepto portista desse tempo…


O F C Porto é princípio e fim da ideologia destas rememorações, numa grandeza histórica que engloba entusiasmo apoiante e a correspondente memória, englobando o património físico e humano. Num universo onde os bons representantes sempre têm lugar afetivo, como os futebolistas, neste caso, que agora envergam a camisola de listas azuis, são continuadores duns eternos Valdemar Mota, Pinga, Hernâni, Pedroto, Pavão, Américo, Gomes, Baía, Jorge Costa, Deco e outros que tais.  

Armando Pinto

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terça-feira, 19 de agosto de 2014

Serafim: O mais novo futebolista de sempre do FC Porto na Liga

Manuel Serafim Monteiro Pereira
Portugal Portugal
N. 1943-07-25
Avançado
(Extremo esquerdo)
(in " Zerozero")

Tem estado na ordem do dia a questão do mais jovem futebolista que, desde sempre, e até agora, atuou na equipa principal do F C Porto, a propósito da recente estreia do jovem Ruben Neves. Tendo a comunicação social se metido a dar como certas algumas convicções dos articulistas de textos da imprensa escrita e mesmo locutores e comentadores de rádios e televisões, no próprio dia e seguintes dias, tal qual houve diversas e diferentes opiniões nos mais diferenciados meios de comunicação. Até que agora surge um repor de verdade, através do site informático Zero zero, que, pelo interesse memorial e verdade histórica, importa fixar.

   
Assim...

«Nem Rúben Neves, nem Bruno Gama. O jogador mais novo de sempre a estrear-se na equipa do FC Porto no campeonato foi Serafim, que representou os azuis e brancos entre 1960 e 1962 e disputou o seu primeiro jogo a 11 de Dezembro de 1960, participando na derrota por 2x0 com o Benfica, no Estádio da Luz.

Serafim, que se estreou pelo FC Porto mas também representou o Benfica e a Académica, nasceu em Rio Tinto a 25 de Julho de 1943, embora alguma literatura coloque como sua data de nascimento 25 de Junho de 1943. Porém, o zerozero.pt, através da colaboração de Alberto Helder, diretor do museu da Associação de Futebol de Lisboa (AFL), confirmou que Serafim nasceu em Julho, tendo tido a licença 79 091 na Federação Portuguesa de Futebol, 39 704 na AFLe o registo 19 451 no Centro de Medicina Desportiva. A própria federação confirma o mês de Julho como o de nascimento do extremo esquerdo.



Assim, na sequência do trabalho exaustivo que o zerozero.pt desenvolveu sobre os 80 anos do campeonato português, chega-se à conclusão que o avançado entretanto falecido em 1994 foi o jogador mais novo de sempre a atuar com a camisola do FC Porto na competição.

Quando Serafim foi lançado por Otto Vieira no Estádio da Luz, a 11 de Dezembro de 1960, este tinha 17 anos, 4 meses e 16 dias, o que faz com que ainda hoje seja o jogador mais novo de sempre no FC Porto. Bruno Gama tinha 17 anos, 5 meses e 1 dia quando foi titular contra o Vitória de Setúbal a 16 de Abril de 2005 e Rúben Neves tinha 17 anos, 5 meses e 2 dias quando jogou de início contra o Marítimo, na última sexta-feira.» (dia 15 de Agosto de 2014)

Contudo...


Rúben Neves, apesar de não ser o jogador mais jovem a jogar como titular no FC Porto no campeonato, é o titular mais novo a marcar um golo na prova com 17 anos, 5 meses e 2 dias. Serafim tinha 17 anos, 5 meses e 7 dias quando marcou pela primeira vez (©Catarina Morais)

Este caso, então, cai como sopa em mel para se recordar esse Serafim que ficou na história do futebol portista e nacional, desde sua decisiva atuação como artilheiro-mor na conquista do Torneio Europeu de Juniores ganho em 1961 pela seleção portuguesa desse escalão, sob comando do treinador José Maria Pedroto...


... Até sua entrada na equipa do F C Porto ainda menino e moço, logo se impondo entre grandes, e enfim, depois, sua mediática transferência do Porto para o Benfica, num tempo de poderio benfiquista que, face ao estado desse tempo e consequentes dificuldades de tesouraria dos outros, tratava de adquirir os melhores valores das outras equipas (adversarias), para retirar armas oponentes, como aconteceu com o Serafim do F C Porto, Yaúca do Belenenses, etc., entre alguns que depois nem tiveram grandes hipóteses de jogar na equipa encarnada, como é da história desportiva indígena.

... E, o tema do "Serafim do Porto" (como foi sempre conhecido), serve a talhe de foice para  evocarmos sua figura, através da resenha de seu currículo, conforme Rodrigues Teles narrou no estudo sobre os Internacionais do F C Porto:



Armando Pinto


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segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Dois factos especiais nos anais portistas dos anos sessentas - e algo mais de comparação...



Como nos revemos naquele texto escrito por Carlos Tê, a que nos referimos em recente artigo, damos importância à memória de antigos valores pouco vencedores, pelas condicionantes do regime desses tempos... E temos esses tais como dignos de apreço, por se terem mantido fieis à causa azul e branca, sabendo que o clube que defendiam era sistematicamente prejudicado e suas carreiras iam ficando aquém do que poderia ser alcançado. Tanto como foi acontecendo especialmente no decurso dos anos sessentas, mas não só, obviamente.

= Américo =
Ora, com as novidades surgidas agora, na estreia da equipa do F C Porto no campeonato da 1ª Liga nacional, esta época de 2014/2015, verificou-se que há meio século que não havia uma equipa portista tão jovem no início da prova.  Como, muito bem, referiu o jornal O Jogo, a propósito da equipa inicial do jogo F C Porto-Marítimo (2-0) ser a mais nova em média de idades dos últimos 51 anos...


Assim sendo, teve-se de recuar até à 1ª jornada do campeonato de 1963/64 para uma comparação, do passado ao presente, de agora até ao já remoto tempo referido. E então, em 1963, com algumas atenuantes, vendo que nesse jogo inicial entrou o guarda-redes Rui, mais jovem e normalmente suplente de Américo, por impedimento momentâneo do titular (pois que o mesmo voltou logo a jogar a partir da 2ª jornada), assim como jogou o então também muito jovem Alípio Vasconcelos, que realizou poucos jogos nessa temporada, tal qual Romeu, idem Jaime, etc. nesse tempo de transição. Sabendo-se das dificuldades passadas nesses tempos, quando a geração de ouro dos anos cinquentas estava a desaparecer, restando apenas Carlos Duarte e Hernâni em final de carreira, e os novos eram então dos baratinhos, em compita com os adversários, atendendo às possibilidades derivadas da gestão presidencial de Nascimento Cordeiro, ao tempo – de que resultou, depois, a entrada duma comissão administrativa, etc. e tal – como se sabe da História do F C Porto…

Dessa época é a foto seguinte, com que ilustramos a narrativa, mostrando uma formação do clube, com algumas alterações (já quando Alípio Vasconcelos e Jaime, por exemplo, não eram titulares nessa fase):

= Uma Equipa do FC Porto da Época 1963/64, já no tempo do treinador brasileiro Otto (substituto do inicial Janos Kalmar, húngaro): Em cima, a partir da esquerda para a direita -  Rui, Atraca, Carlos Baptista, Paula, Festa, Almeida, Américo e Otto Glória (Treinador); em baixo pela mesma ordem - Carlos Duarte, Hernâni, Valdir, Romeu e Nóbrega.

Passaram-se anos, depois, de permeio...


Pois, nesses anos, contando mais casos de lesa clube, como aquele penalty inventado pelo tal Silva que impediu o F C Porto de conquistar um campeonato em pleno estádio das Antas, e outros que tais, o F C Porto conseguiu superar tantas contrariedades e muitas adversidades, a pontos de em 1968 ter conseguido meter uma lança em África, como soe dizer-se, com a vitória na Taça de Portugal de 1967/ 1968.


Por quanto representou isso, nunca é de mais recordar essa emocionante vitória. Como já por diversas vezes rememoramos em artigos vários neste e outros nossos espaços da blogosfera portista. E agora aqui reavivamos.

Pela raridade e curiosidade, juntamos as fichas identificativas dos componentes da equipa, ou seja os participantes ao longo da campanha dessa Taça, enumerando todos os que jogaram nas sucessivas eliminatórias e final.


Posto isto, quem sentiu o que era ver o Américo defender, e jogar um Pinto, um Festa, um Nóbrega, etc. etc. e sentiu que eles mereciam ganhar campeonatos que lhes eram sonegados, tantas as injustiças sucedidas, sabe dar mais valor e apreço ao que é hoje vermos o F C Porto na mó de cima, perante a inveja dos adversários.

Armando Pinto
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