Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

domingo, 26 de outubro de 2014

Goleada... com reparos!


Assim corre melhor, até nas gargantas!
Arouca, 0 - FC Porto, 5 !!!!!
- para a Liga Portuguesa, ou seja no campeonato português de futebol sénior.

Cinco a zero?! Agora os do contra - e os que tentam lançar confusões - vão dizer que era melhor guardar alguns golos... 

A verdade é que ninguém ainda conseguira dar uma uma goleada assim em Arouca!

…E ainda foram roubados 2 penaltis ao F C Porto, um quando o resultado estava 0-0 e outro já na 2ª parte, com 0-3... Ou seja, se a equipa não se tivesse superado, era mais uma vez.... um xistrema. Ah, e aquela agressão por trás quase no fim, como pode ter tido diferente tratamento, relativamente à expulsão de Maicon diante do Boavista? Enquanto nos canais lisboetas da tv até dizem que o F C Porto ainda não convence... com inveja, evidentemente. 

Mau é que nos jornais e televisões isso tudo é (será) esquecido. E o que seria se fosse ao contrário?

Armando Pinto

domingo, 19 de outubro de 2014

Ser Portista…!



Ontém e hoje, antigamente e agora, antes e depois, sempre, ser Portista é algo especial, uma crença infinita, um sentimento verdadeiro… Uma fé que até também já moveu um treinador adversário, a pontos  que acabou por se ajoelhar diante de nós, quando o clube protegido do regime sofreu um golo sobre a hora, em tempo extra, de tal forma evidente e surpreendente que não pôde ser anulado pelo árbitro… E é ainda, também, um entusiasmo que leva a suplantar historicamente em números e factos desportivos o segundo clube de Lisboa, sempre à espera de migalhas que caiem, esticando-se em falsa nobreza para esconder misérias, quão se ufana como rico pedinte, quixotescamente… Mas mais que tudo, ser Portista é já ter vivido o tal de gostinho especial minuto 92, depois de se ter visto levantar a inesquecível taça que todos agarramos em nos sentirmos como o João Pinto, tal qual foi sentir o frio de Tóquio de coração quente como o Gomes a sorrir para a Intercontinental, idem aspas na Supertaça europeia que deu volta de honra nas Antas agarrada por Gomes e Lima Pereira mais acompanhantes, tal qual fizeram Jorge Costa e Baía anos depois em Sevilha, e tudo o mais que se seguiu… E também ter sentido o que se passou de permeio, assim como atualmente.

Não serão precisas mais palavras que isto, para enquadramento. Servindo-nos do exemplo dum lapidar panfleto distribuído há uns anos largos, colocando nomes de antigos atletas e dirigentes. Como se tivesse sido noutras épocas, e anos depois, poderiam ter sido apontados nomes duns Araújo, Hernâni, Américo, Gomes, Pedroto, Baía e Pinto da Costa, transplantando o tribunal das Antas para a modernidade do estádio do Dragão, e … contando com o sangue que corre e pulsa em Portistas que se identificam nestas definições.


À atenção dos atuais timoneiros e de toda a massa adepta, em suma. Sendo preciso conhecer a História do F C Porto, para reconhecer os nomes antigos e entender o significado das respetivas associações, mas também a história recente e a permanente de quanto custa quando o Porto perde… bem como o que representa quando o Porto ganha! Enquanto uma bola pula e avança...

Armando Pinto

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

F C Porto-Sporting para a “Taça”… em fase de arranque.


Na contagem decrescente de tempo para o jogo que coloca os leões lisboetas frente ao Invicto Dragão, a ter lugar neste já muito próximo sábado outonal, no estádio do Dragão, coloca-se perante o interesse derivado desse confronto, de estatuto clássico, algumas curiosidades relativas à dimensão histórica dessa rivalidade sempre acirrada. Desta feita mais ainda instigada pelas declarações e comportamento do atual presidente leonino.

Para o efeito, de molde a recordar-se alguns dados relacionados ao rol histórico do próprio encontro, respigamos uma pequena caixa publicada no jornal O Jogo, na edição desta sexta-feira, dando conta de particularidades e factos.

Embora o mesmo texto relacione outros casos, quanto ao futuro, interessa agora mais o presente, ainda que o desafio aconteça muito cedo, quanto ao decorrer da competição. Importando assim mais continuar em frente, pois atrás virá gente… Até porque cada jogo e correspondente época têm sua história.

= Djalma - avançado reinante, no tempo =

De realce, quanto aos jogos em si, entre o F C Porto e o Sporting para a Taça, como popularmente é chamada a Taça de Portugal, há sobremaneira o facto do F C Porto estar em vantagem. O que também não significa muito mais que o que é, mas sim dá mais força e razão, pois o que conta é que o F C Porto ganhe e siga em frente. Como da última vez que tal sucedeu, com a Taça ainda no seu início, do decurso das eliminatórias, quando um golo de Bernardo da Velha apurou o F C Porto e eliminou a sua anterior equipa. Sim, porque Bernardo da Velha veio para o Porto depois de não ter tido oportunidades em Alvalade e acabou por singrar, detentor como era de apreciável polivalência, primeiro como avançado e depois na retaguarda, sempre na defesa das cores azuis e brancas que abraçou.

(((CLICAR sobre o recorte jornalístico, para ampliar)))

Dando uma ajuda ao que é descrito na publicação do referido diário desportivo, juntamos aqui também algumas imagens ilustrativas, do tempo dessa mesma eliminatória, tal como a nota de reportagem d’ O Jogo refere - em que eram especiais cabeças de cartaz da equipa do F C Porto, entre outros, o valoroso guarda-redes Américo, o médio distribuidor de jogo (centro-campista) Pavão e o avançado-centro brasileiro Djalma.

E, com estas e outras, venha daí mais este Porto-Sporting a contar para a Taça de Portugal e para o nosso ego Portista. 

O tal ..... De Carvalho está a precisar duma boa resposta, que lhe sirva de lição, dentro do campo e com justiça, qual justa eliminação da equipa viscondal.


Armando Pinto

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Uma Curiosidade evocativa - de vez em quando…


Na temporada da foto, que desta vez damos à estampa, começava a soprar alguma brisa de progresso duns tempos mais contemporâneos, quando pelas nossas bandas se iniciavam algumas ações tendentes a apanhar a carruagem do que se via lá por fora; como na televisão surgiam multidões empunhando adereços dos mais variados géneros e feitios alusivos aos respetivos clubes, enquanto por este cantinho à beira mar plantado apenas se viam bandeirinhas calmamente pousadas ao ombro e se agitavam quando a nossa equipa entrava em campo, depois quando marcava e, por fim, ganhava… quando ganhava.

Então, a imagem em apreço, reporta ao início do uso dos cachecóis à Porto e no ambiente clubista do F C Porto, com riscas azuis e brancas, ao tempo ainda sem emblema, nem legendas. O clube ainda não se lançara a aproveitar os efeitos da sua e nossa imagem de marca. Estava-se nos primeiros anos da década de setenta, à entrada de 1973. Manuel Guedes e o louro José Rolando, dois defesas da equipa principal do F C Porto dessa época, tiveram a iniciativa, comercializando esses novos adereços, através duma espécie de sociedade formada por tal dupla empreendedora. Num dos momentos de promoção, aproveitaram a chegada de Cubillas ao Porto, já autêntico cabeça de cartaz da equipa portista nesse período, e juntaram-se a fazer uma pose para os devidos efeitos. 

Chegaram a corresponder ao interesse dos adeptos com envio do produto por correio, à cobrança pela via postal, de modo que conseguiram lançar uma campanha vasta, a pontos de enviarem as encomendas até onde fossem pedidas, para os domicílios dos interessados, além de pontos de venda junto ao estádio, em dias de jogos e treinos, inclusive. Foram assim eles que venderam os primeiros cachecóis, para apoio ao F C Porto. Eu comprei um, que guardei e ainda o tenho, original e bem preservado, depois de com ele ter vivido, à chuva e ao sol, inesquecíveis momentos de euforia, como no campeonato finalmente conquistado em 1977/78!

Por tal motivo interessante, como curiosidade histórica, aqui fica a pose memoranda (foto ao cimo), com Guedes e Rolando a ladearem o seu colega célebre Teófilo Cubillas e todos devidamente apetrechados com um cachecol. (Foto do “Livro de Ouro do F C Porto”)

Armando Pinto


sábado, 11 de outubro de 2014

Uma fotografia com história e Parabéns... a Armando Silva - guardião portista e amigo!


Ainda há tempos bailou-nos na ideia, transcrita para estas anotações, uma possível iniciativa de, quando possível, juntar alguns guarda-redes mais salientes, à luz da memória, dos que defenderam as balizas de futebol do F C Porto. E hoje lembramo-nos de um, de modo particular, neste dia em que perfaz mais um ano de seu trajeto de vida, ele que imprime sua marca em quem o conheceu e admirou – o guarda-redes Armando, que em finais dos anos cinquentas e, depois ainda, de novo, nos princípios da década dos anos setenta, defendeu a camisola nº 1 do F C Porto.

Como numa digressão por temas que falem à sensibilidade de interesse clubista, no que diz respeito a assuntos da memória coletiva portista, surge sempre qualquer motivo mais em memorações recentes. Numa toada com vez para redescobrir de histórias, daquelas que fazem lembrar sempre pessoas de estima e coração grande.

É assim que damos sequência por curiosidades históricas relacionadas com tais assuntos, através duma fotografia cuja luz refletida, na gravura, permite ainda vislumbre da captação registada. Sendo, com efeito uma foto, que sobreviveu à erosão do tempo, e desse modo permite-nos dar olhos a aspetos de sensação memoranda, na proporção do peso e medida de interesse pessoal. Quão se nos depara na imagem junta, intercalada no texto, a dar conta dum cromo de jogadores da bola, como se dizia, daquelas populares imagens de papel retangular que davam a conhecer ases do desporto, em tempos que há muito já lá vão. 

Ora, diante da gravura em apreço, retratando o guarda-redes Armando Pereira da Silva na qualidade de titular da guarda-mor às balizas do F C Porto, vêm-nos à memória recordações desses tempos. Que deixamos na nossa gaveta de memorizações, por ora, mas queremos evocar, por quanto merece apreço esse guardião que sempre foi um grande Portista.

Na pertinência desta imagem: Uma fotografia com história – a propósito do aniversário natalício do antigo guarda-redes do F C Porto Armando Silva, como motivo para lhe enviar um abraço de parabéns!


ARMANDO PINTO

domingo, 5 de outubro de 2014

Salvé... Data diamantina de Mário Silva, histórico ciclista português do F C Porto !


É nesta data o aniversário natalício de um nome que é um dos grandes referenciais históricos do F C Porto, um ídolo de nossa infância e juventude, como grande representante portista dos inícios da afeição geradora do Portismo aqui do autor destas linhas – o antigo ciclista Mário Silva. Perfazendo neste dia a soma de 75 anos de vida, uma efeméride jubilar que importa assinalar, por quanto ele, o aniversariante em apreço, representou na auto-estima de muitos portistas durante tempos em que o ciclismo foi das mais importantes modalidades no ecletismo do F C Porto.

= Mário Silva, ao sagrar-se vencedor da Volta a Portugal, em 1961. =

No calendário formal das comemorações aniversárias, celebram-se as datas respetivas com atribuição de uma denominação abrilhantadora da efeméride.  Sendo  costume classifica-las como bodas, no sentido que as comemorações inicialmente se referiam à soma de anos passados dos casamentos. Na evolução semântica, por analogia, todos as comemorações passaram a ser classificados por essa tabela e nomes correspondentes. Ora, entre as mais celebradas, como são as bodas de prata (da passagem de vinte e cinco anos) e de ouro (dos cinquenta) há depois, seguindo na distância de 25 anos entre cada qual, a outra conta jubilar dos 75 anos, normalmente conhecida por bodas de diamante, da classe brilhante. É pois assim que, na assimilação de outros factos marcantes da vida social, para assinalar cada um desses eventos se associa o nome dum material valioso representativo, calhando ser de diamante a passagem dos 75 anos. Derivando o nome diamante da palavra grega "adamas", que significa força e eternidade apaixonada. Um significado que calha a preceito no que respeita a Mário Silva, admirado e aplaudido durante os anos em que o F C Porto foi expoente no desporto das bicicletas de corrida, como popularmente se dizia.

= Com a tradicional coroa de louros, de vencedor da "Volta"! =

Mário Silva, efetivamente, foi alguém no ciclismo, no seio da grande coletividade F C Porto e no panorama do ciclismo português durante a década dos anos sessentas – como já recordamos em artigo que aqui lhe foi dedicado, conforme pode ser relembrado no link que indicamos no fim deste texto. Mas nunca será demais tributar-lhe homenagens evocativas, por quanto para sempre o recordamos, a par com uns quantos de diversas modalidades, dos que mais nos despertaram sentimentos Portistas naquelas eras em que não eram muitas as vitórias no futebol, perante o totalitarismo imposto pelo regime político-desportivo desses anos de desvios de atenções perante outros acontecimentos…enquanto noutras modalidades, como o andebol de onze dos campeoníssimos, de evidente supremacia portista, não perpassava grande impacto até sítios do interior do país, ao passo que o ciclismo chegava a quase todas as terras e passava às portas das pessoas, por assim dizer.

= Equipa do F.C.Porto de 1961. Na foto (a partir da esquerda) constam: José Pacheco, Sousa Cardoso, Carlos Carvalho, Sousa Santos, José Pinto, Ernesto Coelho, Mário Silva, Mário Sá, Azevedo Maia, Júlio Abreu e Artur Coelho. =

= Os 5 ciclistas do FCP que terminaram a Volta a Portugal de 1961 (sabendo-se do que aconteceu entretanto…). Vendo-se na pose final, a partir da esquerda: Mário Silva, Carlos Carvalho, Sousa Santos, José Pacheco e Sousa Cardoso. =

Relembre-se que o ciclismo é uma das modalidades desaparecidas das atividades do F C Porto, mas, mesmo assim, ou apesar disso, passadas mais de três décadas o F C Porto ainda detém o máximo de vitórias individuais e coletivas no historial da Volta a Portugal em bicicleta. E trinta e um anos depois de ter acabado a modalidade no clube, o ciclismo do F C Porto é ainda das modalidades mais recordadas nas memórias dos adeptos Portistas. Transportando boas recordações os triunfos como o de Mário Silva, vencedor da Volta a Portugal de 1961 e com outras boas classificações e vitórias em Voltas, Grandes Prémios e Circuitos que se seguiram durante a sua carreira distinta. Em vista disso marcamos território justificativo com algumas imagens, quer do arquivo pessoal do autor, como algumas da página do facebook do próprio Mário Silva, como ilustração.

= Equipa do F C Porto, na pista e perante o público do estádio das Antas, na hora da consagração  da vitória individual de Mário Silva e coletivamente do F C Porto, no Grande Prémio Robbialac de 1965. A partir da esquerda:  Onofre Tavares (treinador), José Pacheco, Albino Alves, Cosme Oliveira, José Pinto, Mário Silva e Joaquim Leão. =

Sintomático desta constatação é o facto de ainda recentemente, na revista Dragões, em seu número correspondente ao mês de Agosto, ter vindo uma galeria retrospetiva das vitórias individuais de ciclistas do F C Porto na Volta a Portugal – de onde se respiga a parte respeitante à Volta de Mário Silva.


A propósito, como na noite da inauguração do pavilhão Dragão Caixa houve uma homenagem pública a alguns dos que são Lendas do F C Porto, num momento que nem deu para lhes ver a cara, praticamente, por ter sido quase às escuras, como é normal na ocasião de brindar em festejos, seria de fazer algo do género agora relativamente ao museu atual, em data oportuna, por exemplo (porque não no aniversário da abertura ao público…?) de modo a juntar Estrelas da História do F C Porto naquele museu simbolizado precisamente numa estrela, qual genérico desse espaço da constelação azul e branca de sempre. 

= Momento do brinde de honra na inauguração do “Dragão Caixa”. =

Considerando-se assim, desses antigos atletas, como autênticos senhores muito importantes do F C Porto e merecedores de tal concentração de estrelas, aqui para quem se exprime por estas palavras escritas: o Mário Silva e alguns outros ciclistas salientes, naturalmente, mais uns Américo, Festa, Armando, Gomes, Oliveira, Rodolfo, João Pinto, Vitor Baía, do futebol, Cristiano, Barbot, Fernandes, Brito, Leite, Magalhães, Castro, FranKlim, Vitor Hugo, Alves, Reinaldo, etc. do hóquei, Isolina Pinhel, Carlos Carneiro, Brazeta Oliveira, Manuel Sousa, Viães Lemos, Jorge Aragão, Aurora Cunha, José Sena, Fernanda Ribeiro, etc, também, do Atletismo, Fátima Pinto, Francelina Valadares, Franqueira, Paula Santana, Teresa Figueiras, Rui Borges, Paulo Trindade e mais da natação, Leandro, Borges, Filipe, Resende, Moreira, e quantos mais do andebol, o Manuel António, o Babo e Cª do basquetebol, Juliana, do pugilismo, Rui Costa, João e outros do bilhar, e por aí adiante, dos ainda vivos, felizmente, que podem representar épocas, factos e feitos da vida gloriosa do F C Porto…

Fica a dica de lembrança, à consideração de quem de direito.

= Mário Silva em pleno esforço de trepador, à frente de Joaquim Agostinho. (Numa época em que a secção de ciclismo do FCP usou camisolas diferentes, relativamente às outras modalidades do clube, derivado à publicidade, ainda não existente nas restantes camisolas, ao tempo). Imagem de dois  grandes do ciclismo Português, de épocas distintas, que ainda chegaram a correr juntos. Aqui a foto reporta a uma etapa em que Mário Silva venceu Agostinho, na tirada Alcains-Seia, com passagem pelas Penhas da Saúde. =

Entretanto e quanto ao que nos é possível, aqui deixamos nossos efusivos votos de parabéns ao “Mário Silva do Porto”, juntando nesta data especial uma mensagem de reforço ao Portismo que corre nas veias, enquanto força simbólica que merece nosso afeto.

= Na imagem, acima: Homenagem a Mário Silva, por uma associação cultural de sua terra natal, em Caldas de S. Jorge-Feira, com a presença de Jorge Nuno Pinto da Costa, Presidente do F C Porto, em Novembro de 2005. =

((((Clicar sobre as imagens, para ampliar))))

Nota: E... Confira-se (clicando no link seguinte) em “Mário Silva: um Ás dos pedais dos anos deouro do ciclismo do F C Porto

Armando Pinto

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Recuperação à Porto…


Champions League, 2.ª jornada: F C Shakhtar - F C Porto, 2-2. 
Marcadores : Alex Teixeira (aos 52 minutos) e Luiz Adriano (85 m) para os anfitriões; Jackson (aos 88 m e 90+4 m) para o FCP.

O F C Porto acaba por conseguir amenizar o resultado do segundo jogo da Liga dos Campeões, na Ucrânia, conseguindo um empate, após uma recuperação assinalável. Facto que aqui nos leva a vangloriar o acontecimento com uma ilustração especial, como é (na imagem ao cimo) através duma alusiva pintura do Albertino, nosso antigo ídolo dos campos de futebol onde jogasse o F C Porto e atualmente pintor de méritos firmados no panorama artístico.


De destacar, como merece e deve ser meditado:  Jackson Martínez foi decisivo ao marcar os dois golos que deram a igualdade ao FC Porto na Ucrânia, diante do Shakhtar Donetsk. Ele que costuma privilegiar a habilidade, com apetência por golos bonitos, por entre golos falhados que levam por vezes a reações de desânimo das multidões de apoiantes, desta vez fez o golo do empate como mandam os cânones, e de instantânea forma que só aos melhores é possível. Curiosamente, na rotatividade que tem imperado esta época no seio da equipa, o mesmo avançado só entrou no segundo tempo, mas ainda bem a tempo...

Mantém-se assim o horizonte em tonalidade azul-branca, quando a nossa equipa que esteve em campo deixou no ar alguma surpresa pelo desempenho, contudo sabendo superar tudo na parte final, como num arregaçar de mangas e cerrar de dentes que, por tradição, é apanágio dos jogadores à Porto.


Não costumamos comentar efusivamente empates, assim como só em momentos mais decisivos e empolgantes costumamos dedicar espaço à atualidade, neste cantinho de memórias. Precisamente abrindo alas ao presente apenas em ocasiões mais concludentes. Mas desta vez temos de registar este empate, porque a comunicação social, como vimos na televisão dita nacional, já afiava os dentes para cortar a eito um naco de carne ainda fresca, e mesmo uma fatia de adeptos já se perfilava para conclusões mais que derrotistas. Como se ia lendo entretanto pelo facebook, por exemplo. Ainda que se entenda alguns desabafos, quando a vida não corre como devia, sabendo como a muita gente é custosa a sobrevivência e vê depois tudo ao invés, como soe dizer-se...

Hilariante, porém, pelo gozo que provoca, é como por Lisboa nas televisões já esfregavam as mãos e queriam espalhar pelo país... antes do jogo acabar!

= ... mas o jogo terminou 2-2...!

Deixemos essas atoardas que nem são inéditas... Apenas se demonstra como os adversários só vêm o que lhes interessa... 

Ora o futebol tem destas coisas, tanto como se diz em gíria. Depois da equipa do F C Porto ter falhado um penalti e de ter facilitado no escorreganço de que resultou oferta do primeiro golo do encontro, e mais ainda após ter surgido um segundo golo dos ucranianos contra a corrente do jogo, embora pela descrença que se apoderou do grupo, por fim a nossa equipa soube reagir e acreditar, como nem sempre se tem visto. 

Assim, não vimos para aqui lançar postas, tão só queremos assinalar esta vistosa e saborosa recuperação, para memória de agora e vislumbre do porvir. Quem soube fazer um mea culpa e se lançou para a frente, em busca de algo sempre possível, quão tão bem conseguiu fazer este brilharete, afinal de contas, pode muito bem fazer mais e melhor daqui em diante. 

Desta vez, felizmente à luz da mística Portista (como epicamente discorreu Pedro Homem de Melo em seu poema Aleluia)... «deram tudo por nós estes atletas. O seu trajo tem a cor das próprias veias e a brancura das asas dos poetas...»!

= Equipamentos usados pelos futebolistas do F C Porto, incluindo apetrechos do guarda-redes, no Shakhtar-F C Porto =

Houve uma mudança radical no futebol do Porto, como disse ainda há dias o Presidente Dragão, e tem de haver tempo, necessariamente, para assimilação da nova identidade futebolística. Sendo contudo essencial o ter de aparecer resultados vitoriosos. Algo que será naturalmente possível com a atitude demonstrada na parte final deste jogo, ao deixar tudo em aberto e, especialmente, com o F C Porto sem ainda ter perdido esta época, bem como na frente da classificação do respetivo grupo europeu. Ao contrário das outras equipas de clubes portugueses.  Também porque em provas europeias, como nesta Liga dos Campeões, os árbitros são estrangeiros… e não há atmosfera de inventonas de apitos dourados falsos e apitos encarnados branqueados…! 

ARMANDO PINTO