Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

sábado, 25 de abril de 2015

Na pertinência do Benfica-F C Porto atual


Aí está mais um jogo clássico e importante entre o Benfica e o F C Porto em Lisboa, desta vez a atingir raias de decisivo, para a classificação no campeonato da Liga Portuguesa, a nível da alta competição de futebol sénior. Ainda que não totalmente definitivo na atribuição do título, pois haverá mais alguns jogos a disputar depois e muita coisa poderá acontecer entretanto.

Em todo o caso, perante o cenário atual, embora se anseie que o F C Porto consiga triunfar pelo menos por mais de um golo de vantagem, para poder ficar a depender apenas de si, como se sabe, o mais importante é o F C Porto vencer, precisamente por depois ainda poder haver outros contornos. O que se adivinha difícil, atendendo ao favorecimento que as arbitragens têm sistematicamente dado ao Benfica, obrigando a que os rapazes da equipa principal do F C Porto se tenham de agigantar ainda mais, porque só com uma superioridade que dê para superar tudo, o F C Porto poderá ultrapassar tais dificuldades e contrariedades.

Como se propicia rememorar, a propósito, num jogo em que, há muitos anos, o F C Porto conseguiu ultrapassar a malapata que se abatia sobre a equipa, conseguindo então vencer enfim o clube do regime, conforme adiante lembramos...

= Cubillas, autor do golo, posando junto a Eusébio, para a posteridade.=

Neste ambiente, por norma recordam-se números e factos, andando na comunicação social diversas lembranças, conforme as conveniências e proveniências. Vindo a talhe estatísticas e diversas curiosidades.

Como já de outras vezes recordamos diversos jogos da história destes confrontos, e por se estar a referir a importância essencial de uma vitória portista, neste caso, recordamos agora uma vitória acontecida há muitos anos que nos ficou na memória, por então ter ocorrido num tempo em que o F C Porto já não ganhava no antigo estádio da Luz há uma série de anos.

= Uma caixa sobre o jogo em apreço, de 1974, inserta num dos livros da coleção Ídolos (de Henrique Parreirão) – com a curiosidade da imagem ter sido impressa ao contrário (como se pode ver pela numeração da camisola do então defesa do F C Porto Gabriel). =

Triunfo esse, retumbante por ser como foi, resultante ainda dentro do período de longa espera por vitórias no campeonato, mas já numa aragem ambiental de prenúncio de mudança, como haveria de acontecer, no seguimento do 25 de Abril que já se havia dado meses antes. Sucedendo essa saborosa vitória através de um golo de Cubillas, corria a época de 1974/75, sendo treinador o brasileiro Aimoré Moreira. E o F C Porto alinhou com Tibi, Murça, Alexandre Alhinho, Carlos Simões e Gabriel; Rodolfo, Vieira Nunes, Adelino Teixeira e Cubillas; Oliveira (depois Ailton) e Abel (depois F. Gomes).

= Foto da equipa do F C Porto da vitória de 1974 no antigo estádio da Luz (imagem colhida do blogue "Memória Azul", do amigo Helder Russo). =

Fica a recordação, por então ter surgido depois de tantos anos em que nem nos lembrávamos do F C Porto vencer no recinto desportivo de Carnide, às portas de Lisboa. Mas finalmente aconteceu, como se deseja agora se possa repetir, dando ânimo de ver na autoestrada para o Norte a placa indicativa do Porto, com o peito cheio de satisfação.  

Armando Pinto

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domingo, 19 de abril de 2015

Com olhos na equipa presente em Munique e coração na Mística de Garra e Sentimento Portista!


Estamos com fé e muita esperança no desempenho da equipa do F C Porto que, esta terça feira, vai defrontar os Bávaros, em Munique. Apelando à garra que tem sido apanágio da mística Portista. Com aquele arreganho de querer e saber que tornou possível a vitória na Taça dos Campeões Europeus conquistada sobre o Bayern, a qual levou depois à presença vitoriosa na Taça Intercontinental da dantesca partida disputada sobre um impressionante manto de neve, em Tóquio, dando-nos o primeiro dos dois títulos mundiais que só um clube português tem – o F C Porto.


Nesse sentimento, de conquista, recordamos o inesquecível feito de 1987, quando o F C Porto também não se deixou amedrontar pelo poderio do mesmo Bayern capitalista. Deitando-se aqui e agora mãos a uma crónica inserta no livro “O Desporto no Século XX”, publicado em fascículos pel’A Bola e como tal deveras concludente (sabendo-se como esse jornal não vê bem tudo o que seja respeitante ao F C Porto), tal como duas fichas referentes a duas figuras emblemáticas da final de Viena, duma série de pequenos livros integrantes da coleção “Onze +”, d’ O Jogo. Porque nessas figuras se consubstancia a genica do F C Porto.E fica tudo dito, de alma cheia, azul e branca, da cor do céu e na brancura das asas puras que esvoaçam no firmamento espiritual.


Armando Pinto


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quinta-feira, 16 de abril de 2015

Grande Vitória no Dragão…!


Vendo a reportagem do Porto Canal antes do jogo do F C Porto com o Bayern, ouvimos um pequeno adepto, entrevistado, a dizer que confiava na vitória mas que o Porto antes era melhor, segundo lhe parecia do que ouvia falar de 1987. Fruto do imaginário, está bom de ver, de como tudo parece com outro semblante à luz do tempo. Mas o F C Porto desta quarta-feira foi Porto, mesmo à Porto também.

«FC Porto über alles. Há jogos que ficam para a história e a vitória de ontem sobre o Bayern Munique é uma delas. Na competição em que melhor se estabelece a verdade das equipas, o FC Porto mostrou talvez frente à melhor de todas, com cinco campeões do mundo no onze inicial, que não tem medo de competir com ninguém. O resultado foi 3-1, mas até podiam ter sido mais. E que melhor convidado poderia haver para a vitória 200 no Estádio do Dragão…» Assim sintetiza tudo o que se passou o “ Dragões Diário”, novo espaço informático portista.

Embora ainda falte a outra metade da eliminatória para a concretização de mais um sonho, o certo é que esta vitória se torna emblemática em diversos campos, pois que não faltavam adversários, adeptos de outros clubes, a augurar uma abada, ou seja uma derrota com muitos golos sofridos, como diziam. Mas afinal nós Portistas é que para já estamos com a barriga como um abade, à maneira romântica, perante uma concludente vitória sobre uma das melhores equipas mundiais da atualidade. O que mostra bem que o F C Porto só não tem conseguido a liderança em Portugal devido às falsidades do sistema desportivo português, diante de vergonhosas arbitragens e jogos de bastidores a favorecer o clube do sistema, o SL Benfica, e a prejudicar descaradamente o clube representante de Portugal no estrangeiro, o F C do Porto.

Agora há que encarrar à luz da realidade indígena o próximo compromisso a nível nacional sabendo-se como o Benfica está já a afastar meia equipa do Belenenses, adversário que se está a prestar ao papel de vassalagem, talvez para não ter jogadores expulsos… durante o jogo. Interessando que a equipa principal do F C Porto consiga ao menos fazer a sua parte, vencendo a Académica. De modo a poder manter-se a pressão sobre o clube dos lampiões, a ver no que param as modas… Enquanto não chega o outro jogo. Mas, sempre com um único jogo na cabeça e sabendo que a equipa do F C Porto tem de marcar golos suficientes para superar os que possam ser anulados pela arbitragem, tanto como jogar como se estivesse sempre a chegar a hora h, contando com a habitual perseguição dos árbitros aos azuis e brancos.

Por ora, saboreamos esta vitória estrondosa, na noite mágica de ontem, a quarta-feira europeia em que o Bayern foi vergado no relvado do Dragão. Uma vitória inesquecível, daquelas para sempre recordar. Como recordamos bons momentos sempre que olhamos para a camisola de Pavão que temos em mãos (falando na terceira pessoa como mandam os cânones, mas, isto é, a camisola é minha – a que está na imagem cimeira deste artigo). Camisola à Porto oficial que em 1972 foi oferecida pelo Fernando Pascoal das Neves “Pavão” ao autor destas linhas.

Ilustramos assim isto, com uma recordação pessoal de outros tempos, porque imagens do jogo aparecem felizmente em muito lado. E convirá dar a conhecer às gerações presentes e futuras como era a camisola do F C Porto em tempos idílicos de afeição emblemática, tanto como o F C Porto não foi melhor antes ou depois. É sempre o F C Porto. Tudo fazendo parte da Memória Portista viva, que diz muito a muita gente.


Armando Pinto

terça-feira, 14 de abril de 2015

Em missiva atual à equipa europeia do F C Porto… Recordações de momentos altos Portistas – A festa dos Campeões Europeus vitoriosos sobre o Bayern de Munique…!


O F C Porto está na alta roda do futebol europeu e mundial, metendo peito entre os poderosos clubes capitalistas do velho continente e marcando presença entre a elite do desporto rei, como se verifica agora com novo confronto oficial perante o Bayern.

Facto este deveras assinalado por todo o lado, mas havendo certa convicção quase fatalista do natural favoritismo do clube do país atualmente mandão da Europa. O que, quase como o então pequeno David conseguiu derrotar o gigante Golias, nos terrenos agrestes onde Cristo viveria depois, também pode muito bem acontecer que no país mais ocidental da Europa, neste Portugal martirizado pelas políticas governamentais seguidoras do mando duma tal senhora Merkel paradigmática, o F C Porto consiga ser voz representativa do agigantamento de um povo, nomeadamente dos Portistas que anseiam e têm esperanças de, mais uma vez, se poder fazer das tripas coração…

Para isso, os futebolistas que esta quarta-feira estiverem em campo com a camisola do F C Porto, têm de ter fé, não temerem, mas respirarem confiança, para poderem fazer história, novamente. 

Tal como em 1987, quando todo o mundo estava convencido da vitória alemã, foi possível o F C Porto vencer e convencer, também desta vez é bem possível. Pensando só num jogo de cada vez. Desta feita com a cabeça na 1ª mão dos quartos de final da Liga dos Campeões, a disputar no Dragão. Onde, também tal como Madjer e Juary ficaram para a história enquanto goleadores do encontro de Viena, e todos os outros marcaram época, igualmente, eternizados nessa conquista, também agora os atuais homens do F C Porto podem fazer o mesmo. Estão a poucas horas de conseguirem esse feito. Em noventa minutos, desta vez. Mas com calma e convicção, ok. E depois logo se vê o resto...

Ora, com este cenário por retaguarda, toda esta envolvência faz recordar o que de tão épico aconteceu em 1987.

Como do jogo e momentos relacionados tem sido mais reavivada a memória, muito justamente, voltamos um foco das atenções para a cerimónia de homenagem que teve lugar dias depois, também pela mesma ocasião. Recordando-se assim a festa de gala que, por fim, assinalou esse grande acontecimento. Como se pode rever, tanto como recordar é viver, segundo algumas páginas de reportagem ao tempo publicadas na revista Dragões – como aqui e agora se revê.


Armando Pinto

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quinta-feira, 9 de abril de 2015

F C Porto associado a momentos marcantes da História Pátria


O grande F C Porto é um mundo para muita gente, como nós. E efetivamente, perante a variedade de factos a que se liga a dimensão do grandioso clube desportivo azul e branco, é mesmo algo especial. Até na presença em momentos marcantes dos anais da Grei, sendo através de representantes portistas naturalmente relacionado com factos importantes na história portuguesa.

Estando-se em Abril, quando passamos estas ideias a letra corrida, logo vem à mente a data do 25 de Abril que em 1974 deu novo alento à nação lusa. Transformando mentalidades, mas sem culpa nos “viranços de casacas” e oportunismos entretanto acontecidos, como os mais recentes e os atuais políticos nacionais viraram tudo do avesso.

Naquele tempo, de idílicos anseios, aquilo, o 25 de Abil, em 1974, foi um feito, afinal de contas - a que esteve ligado, pelo menos, um Portista como é o então Capitão Sousa e Castro, um dos mais conhecidos “Capitães de Abril”, hoje Coronel,  Rodrigo Sousa e Castro. Neto de um meu conterrâneo muito lembrado na memória coletiva, homem de cultura e membro ativo das forças vivas locais, de seu tempo (conforme o autor registou em livro historiador da região); e filho de um meu bom amigo também conterrâneo, entretanto já falecido. Assim sendo, além de possivelmente ter havido mais portistas ligados ao processo de democratização desse tempo, sabemos ao certo do caso de Sousa e Castro, ativo membro do chamado Movimento das Forças Armadas e depois integrante do Conselho da Revolução, entre as diversas funções desempenhadas enquanto os heroicos militares de Abril preparavam o terreno para eleições livres e consequente entrega posterior do poder aos políticos.

Vincada esta honrosa ligação, passamos a outro extremo cronológico da parte democrática do país, recuando à instauração da República em Portugal. Sabendo-se que o F C Porto foi fundado nos últimos anos da monarquia, inclusive com a presença do casal real desse tempo, D. Carlos e D. Amélia, no primeiro jogo efetuado com pompa e circunstância, mas tendo no grupo pioneiro quem ansiasse pela mudança, inclusive prestando serviço à causa republicana. No remanso citadino que deu destemidos revoltosos do 31 de Janeiro, era albergue de ideais de Liberdade o Porto republicano e liberal do princípio do séc. XX.

Então, tal como gente do Porto ajudara D. Afonso Henriques a derrotar os mouros na conquista de Lisboa, também na fase de transição da queda da monarquia houve gente do Norte do país a marcar presença em Lisboa nas barricadas que derrotaram o poder real. Tendo-se salientado os arrojados participantes da luta travada durante alguns dias na rotunda, em Lisboa, os quais ficaram por isso conhecidos por Bravos da Rotunda. Entre os quais esteve presente um quase lendário personagem da vida pública, que sabemos ter sido também Portista, pelos contactos de amizade que chegamos ter, depois – João Sarmento Pimentel, ainda Cadete em 1910 e que estava na escola do exército quando, durante os primeiros dias de Outubro daquele ano, arriscando tudo, participou nos combates travados em prol da República.

Ora, no mesmo feito esteve um outro portista, e por sinal inclusive jogador de futebol integrante do plantel dos primeiros tempos do Futebol Clube do Porto – Henrique Hierro. Um Bravo da Rotunda, também, como narra Alcino Pedrosa em texto dos que estará para complilar num trabalho de valor, sobre “Mais que um jogo”, referente à FOTO AO LADO:  «Henrique Hierro, na fila de baixo, com a bola na mão, era futebolista do Futebol Clube do Porto, em 1910. Amava o futebol, a ponto de ser conhecido pelo "rapaz da bola". Tinha, no entanto, uma outra paixão: a causa republicana. Ia para os treinos com o jornal "O Mundo" debaixo do braço. Desapareceu inexplicavelmente no dia 3 de Outubro de 1910, para regressar ao Porto uma semana depois. Tinha ido para Lisboa juntar-se aos seus confrades republicanos. Foi um dos bravos da Rotunda.»

Esta foto, constante da História do F C Porto escrita por Rodrigues Teles, regista a pose de alguns dos pioneiros jogadores do F C Porto. Em pé: Elísio Bessa, Manuel Valença, Vitorino Pinto; Agachados: Mário Maçãs, Camilo Figueiredo, Magalhães Bastos; Sentados: José Bacelar, Camilo Moniz, Henrique Hierro, António Portal e Ivo Lemos. Fotografia mais precisamente de 1909, sendo na ocasião a formação da equipa de Segundas Categorias do F. C. do Porto, contando que muitos dos mesmos componentes também faziam ou fizeram parte do Grupo de Honra.

Está visto que muitos desses homens honravam os princípios da criação do F C Porto sem abdicarem das suas posições político-sociais, incluindo participação diligente à concretização valorizável de seus ideais.

Acresce ainda, quanto ao mencionado João Sarmento Pimentel que, mais tarde, já como Capitão, chefiou o movimento que no Porto derrotou a Monarquia do Norte, em 1919, junto com seu irmão, então Tenente, Francisco Sarmento Pimentel (o qual, anos volvidos, tendo enveredado pela aviação, foi autor da 1ª travessia aérea de Portugal à Índia).


= À esquerda, o Capitão João Sarmento Pimentel, que faleceu como General depois de reabilitação após o 25 de Abril... E à direita, o então Tenente Francisco Sarmento Pimentel, mais tarde Coronel Piloto-Aviador - ambos condecorados com a Ordem da Liberdade, ao tempo da Presidência da República do General Ramalho Eanes =

À aclamada vitória republicana, que impediu o Movimento Couceirista de repor a monarquia em Portugal na segunda década do século XX, a cidade da Liberdade correspondeu apoteoticamente, primeiro com a publicação de um desenho ilustrativo contendo a figura do mesmo Capitão Sarmento Pimentel, distribuído por todo o lado; e depois com a oferta ao mesmo Comandante duma espada de honra. Trofeu esse que, a pedido de um amigo, João Sarmento Pimentel, posteriormente (quando estava no exílio político, no Brasil, devido à ditadura do Estado Novo) ofereceu para o museu da cidade do Porto, ao tempo existente em meados dos anos sessentas – mas que hoje, dessa espada, desconhecemos o paradeiro, ou seja, se estará num dos sucessores espaços museológicos, isto é no Museu Militar ou no Museu Soares dos Reis, ou em nenhum deles…


Com estas e outras, posta a formatura destes exemplos, ficamos com tal paradigma da contribuição portista em altos momentos da gesta portuguesa, dentro do espírito que, como alguém disse, ajudou a moldar o carácter da cidade portucalense!

Isto e o mais como simples exemplos da prestação à Pátria de atos de bravura de elementos relacionados com o F C Porto: Contando que em 1975 também Ramalho Eanes, conhecido simpatizante da causa portista, teve papel de relevo na manutenção do estado democrático. E outros casos, dentre muitos possíveis.

O F C Porto é como dizia o poeta Pedro Homem de Melo: - «Como não pôr no Porto uma esperança, "se daqui houve nome Portugal"?»!

Armando Pinto

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terça-feira, 7 de abril de 2015

Final de campeonato para sempre lembrar…


O Campeonato português de futebol está ao rubro, vermelho pelo favorecimento ao clube do regime, mas também abrasado pela luta que vem sendo dada pelo F C Porto, apesar de tudo. Estando ainda aberto quanto a definições, perante as possibilidades à conquista da mais importante prova do calendário do desporto-rei em Portugal. Enquanto a prova caminha para a fase decisiva, num final de campeonato a prender atenções.

Um cenário desses tem ocorrido por diversas vezes, em anos diversos, estando de fresca memória o campeonato decidido ao minuto 92 com o golo vitorioso de Kelvin no célebre Porto-Benfica que figura no Museu do F C Porto by BMG; tal como antes houve o inesquecível título conquistado em casa do adversário de estimação, em pleno estádio da Luz, que no fim ficou às escuras e de rega ligada por mau perder... Assim como, bons anos antes, aquele campeonato de épico momento nas Antas, do golo de Ademir que, praticamente, acabou com a travessia de longos anos. E, entre diversos mais, o do caso-Calabote, em 1959…

Ora, como esse é um exemplo que jamais poderá ser esquecido, recorda-se esse facto aqui e agora, para os devidos efeitos. E, para que conste, deitamos mão a uma página da obra “O Século XX do Desporto”, do jornal A Bola, onde, apesar de se notar umas pontinhas do que aquele jornal lisboeta é useiro e vezeiro, o essencial é até ali confirmado.


Um final de campeonato para sempre lembrar: Assim como houve o holocausto que há quem pretenda negar, historicamente, sabendo-se de tal barbaridade que fez sofrer tanta gente; também casos houve, num outro nível obviamente, como neste caso do desporto da bola, em que o sistema BSB dominou a seu bel-prazer o futebol luso, não olhando a meios. Panorama que ultimamente tem sido reavivado, com campeonatos dos casos estorilgates, túneis, etc. O que presentemente tem ocorrido com a sistemática expulsão de jogadores das equipas adversárias nos jogos do Benfica, de forma ao clube do regime ter a vida facilitada, além de penaltis a esmo (para um lado e nada para o outro), mais as obstruções apontadas pelo árbitro italiano Colina e tudo o mais...  O que volta a trazer acima que este campeonato de 2014/2015 está a ultrapassar as raias da decência. Como não se pode esquecer jamais o de 1958/1959. Algo para também ter sempre presente, ao que se vê.

Armando Pinto
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sexta-feira, 3 de abril de 2015

Feliz Páscoa !!!


O autor deste blogue deseja uma feliz Páscoa a todos os que por aqui andam e têm passado, em convívio virtual de partilhas Portistas, através de leituras e comentários. Ilustrando-se esta mensagem com uma imagem caseira, da Cruz da Páscoa doméstica integrante do ambiente familiar por estes dias. Uma simples decoração, feita de modo natural e pelas próprias mãos, a recrear o espírito da quadra.

Tal como pelo Natal, já há muitos anos, sempre construímos em casa o presépio tradicional a complementar a decorativa árvore natalícia, também pela Páscoa nos lembramos de celebrar a ocasião, de modo diferente e simples, mas com significado. Sendo que «a cruz mistifica todo o significado da Páscoa na ressurreição e também no sofrimento de Cristo. No Conselho de Nicéia, em 325 d.C., Constantino decretou a cruz como símbolo oficial do cristianismo. Símbolo da Páscoa, mas símbolo primordial da fé católica.»

Armando Pinto

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Morreu Manuel Oliveira, Cineasta Dragão, de grande coração.


Desapareceu hoje fisicamente um grande senhor nascido no Norte de Portugal, Portuense de gema e Portista de carácter – o cineasta Manuel de Oliveira, decano dos realizadores cinematográficos. 

Manuel de Oliveira, venerando realizador de cinema, era na vida real um personagem de longa duração, tanto que durou 106 anos, tendo filmado até aos 105, quase até ao fim da vida, e mesmo assim se achou não ter tido o tempo suficiente para concretizar todos os seus projetos. E o mesmo, realizador de Aniki-Bóbó, praticamente faleceu a fazer filmes. A curta-metragem O Velho do Restelo, realizada no ano passado, completou uma extensa filmografia de quase sete dezenas de títulos, iniciada, há mais de oito décadas, em 1931, com outra curta, Douro, Faina Fluvial. 

Natural da cidade do coração de D. Pedro de Portugal e do Brasil, era Manuel de Oliveira também homem de grande coração, além da sua forte personalidade e apurada visão na arte do cinema.

Escusado será desenvolver o currículo grandioso deste grande nome das Artes, tal a profusão de artigos que a comunicação social lhe dedica por estas horas, na maior parte das vezes com textos retirados de enciclopédias. Apenas diremos, nesta escrita sentida, que Manuel Oliveira, esse sim, era um dos que merecia colocação no panteão nacional. Mas ele por certo que não queria e o Porto merece tê-lo, entre os seus, em plena cidade do Porto.

Um dos seus atos que não passaram despercebidos foi a recusa em alinhar com a hipocrisia de Rui Rio, não tendo querido receber a distinção que esse então presidente da Câmara Municipal do Porto lhe queria dar, ante tratamento nada condizente no caso verificado para com o famoso cineasta. E, pouco depois, aceitou com honra receber uma outra distinção, da parte do Futebol Clube do Porto, como digno representante da sua cidade e dileto clube do coração.

Desse momento, que dispensa comentários, recordamos a efusiva alegria com que Manuel de Oliveira recebeu o Dragão de Honra, na foto ao cimo.

Manoel de Oliveira morreu na manhã desta quinta-feira, na sua casa na Foz, no Porto, poucos minutos antes do meio dia, de paragem cardíaca. O corpo estará em câmara ardente a partir do final da tarde, num salão da igreja de Cristo Rei. E o funeral realiza-se sexta-feira, pelas 15 h 00, com uma pequena cerimónia religiosa, seguindo depois para o cemitério de Agramonte, no Porto.

O Governo decretou dois dias de luto nacional e a Câmara do Porto, agora presidida por Rui Moreira, decidiu dedicar três dias de pesar a este filho ilustre da cidade.

Armando Pinto


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