Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

quarta-feira, 1 de março de 2017

Efeméride pertinente a lembrar o Título de 1959, dum campeonato “parecido” com o atual… e o “Homem da bandeira” do FC Porto


Março marçagão, com manhãs de inverno e tardes de verão… e, tal como a figuração desse velho ditado, numa característica desta época do ano, também é assim na visão histórica perante certas ocorrências. Transpondo ao horizonte panorâmico da história do desporto português e do futebol em particular, como desporto-rei.


Assim, como é lembrado em “Dragões Diário”, numa efeméride respeitante ao dia 1 de Março, «neste dia, em 1959, o FC Porto goleava o Belenenses, nas Antas, por 7-0. Assistia-se então ao primeiro ‘hat-trick’ de Noé e a uma aproximação ao então líder do Campeonato Nacional, o Benfica, que empatava em Setúbal (2-2) e ficava com apenas dois pontos de vantagem. Duas rondas depois, a vitória do Sporting (2-1) sobre o Benfica deixava os Dragões no primeiro lugar, devido ao melhor saldo entre golos marcados e sofridos. A decisão do título ficou reservada para uma última jornada que faz parte da história: o árbitro Calabote foi empurrando os lisboetas para a goleada (7-1), mas o 3-0 dos portistas em Torres Vedras permitiu-lhes festejar uma conquista tão sofrida quanto justa.»


O tema, do célebre “caso Calabote” (que é paradigma das manobras de bastidores que estão nos anais perpetrados pelos árbitros do sistema futebolístico luso), dá para evocar esse Título Nacional a que ficará inesquecivelmente associado e extensivamente alguns acontecimentos relacionados - como foi a estreia de Américo a titular na baliza portista (havendo feito já um jogo com a camisola nº 1 do FC Porto), bem como no fim da época houve jogo de homenagem a Pedroto, em fim de carreira como jogador, praticamente (embora ainda tivesse permanecido no plantel mais alguns meses). Havendo nessa festa se associado, como símbolo emblemático da identificação clubista, a presença do “Homem da bandeira gigante do FC Porto", o famoso Manuel Pina, portador da sua grande bandeira. Sendo ele um grande Portista que, residindo no sul do país, nesses tempos era habitual no apoio às equipas do FC Porto em muitos jogos.


É pois aquela ocorrência de 1 de Março de 1959 uma efeméride pertinente para lembrar o título nacional de 1959, dum campeonato “parecido” com o atual… e homenagear mais uma vez aqui o “Homem da bandeira” do FC Porto.

Armando Pinto
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3 comentários:

  1. Senhor Armando Pinto,

    Se me permite, acrescentaria que Bella Guttmann chega ao Porto no dia dos finados, em Novembro de 1958, justamente para substituir Otto Bumbel, e todos davam então o FC Porto como "finado", todavia, o homem da maldição encetou uma recuperação extraordinária que culminou em Torres Vedras com a festa do Campeonato Calabote!


    Recordo que esse Campeonato contemplava 26 Jornadas, com apenas 14 Clubes, e o FC Porto no final da 1ª volta, à 13ª Jornada, estava no 3º/4º lugar, a par do V Guimaraes, ambos com 18 pontos, e o Benfica liderava com 22 pontos, mais 4 pontos, quando as vitórias apenas valiam 2 pontos, e num Campeonato mais curto, daí, ter sido notável essa 2ª volta do FC Porto em 1959!

    Recordo também que nesse Campeoanto 1958/59, o Sporting voltou a oferecer o Campeonato ao FC Porto, assim, na penultima jornada, Sporting 2 Benfica 1, e FC Porto 3 Sp Braga 2, e "voilá" para a derradeira jornada, FC Porto e Benfica entram em igualdade pontual, para disputarem o título ao "sprint"!

    Nesta temporada, recordo duas jornadas que podem ser muito decisivas na recta final:

    Jornada 29 Sp Braga FC Porto/ Jornada 30 Sporting Benfica!

    Suspeito mesmo que este habitual pânico do Benfica, quando sente o bafo do Dragão, não passa apenas pelo passado recente, mas também pelos Campeonatos de 1956 do Yustrich ou esse de 1959 de Guttmann, isto é, há um padrão, quando FC Porto e Benfica entram na recta final do Campeonato ao sprint, o FC Porto habitualmente é Campeão, deixo exemplos:

    Nos Campeonatos de 1956, 1959, 1978, 1979, 1986, 1993, 2012 e 2013, FC Porto e Benfica entraram a disputar esses títulos nas derradeiras jornadas, mas o FC Porto venceu sempre o "sprint" final, espero portanto que essa tradição se mantenha!

    Muito obrigado pelo post com História e Memória!

    1 abraço,

    PT

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  2. O Homem da Bandeira era o meu pai, Manuel Pina, residíamos em Lisboa, na zona da Estefânia. Faleceu em Fevereiro de 1973 e levou consigo a Bandeira do F. C. do Porto.

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    1. Viva, boa noite. Gostei muito deste comentário. Caso queira podemos manter contacto, talvez através do facebook, ou se preferir pode enviar-me para aqui seu e-mail que eu não publico. Pois até calhou bem, porque há muito que ando para fazer um artigo aqui sobre o sr. Pina, o "Homem da bandeira do FC Porto", do qual tenho esta foto original e ainda um artigo com outra foto do jornal O Porto. Mas preciso de mais informações para fazer um outro artigo mais completo, de jeito, como gosto de fazer, pois para ser de coisa pouca, como se diz, mais vale estar quieto. Aguardo então. No caso do Facebook, como nem sei o seu nome ainda nem maneira de o contactar, basta pedir-me amizade para a minha página de Armando Pinto (Felgueiras), que eu depois de conferir o perfil, já aceito (mas se puder juntar mensagem pelo chat, das mensagens privadas, a explicar quem é, será melhor). Abraço.

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