Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Exibição de grande classe e vitória empolgante na penúltima e decisiva etapa da Volta a Portugal / 2017


Em jogada de mestre, como que a fazer jus ao nome da firma de tintas que também integra a denominação da equipa W52-FC Porto-Mestre da Cor, o ciclismo do FC Porto teve no penúltimo dia da prova-rainha da velocipedia portuguesa uma exibição de luxo, fazendo toda a equipa uma corrida de gala. Num louvável trabalho coletivo, em que foram todos uns pelos outros.

Nuno Ribeiro conseguiu desse modo triunfar através da sua estratégia visionária, mostrando ser um mestre da tática como diretor técnico do ciclismo portista, ao nível dum Mestre Pedroto no futebol, Emídio Pinto no ciclismo e Cristiano no hóquei em patins, entre exemplos carismáticos de homens da casa.

A Memória Portista não pode deixar de intercalar tais recordações eternas, porque a vida do FC Porto é feita de heróis que contribuíram para os bons momentos do universo portista, pois dos fracos não reza a história.


Entretanto, embora a saliência especial deva ser para o trabalho conjunto, merece contudo e de modo sentido alguma saliência o labor de Ricardo Mestre, Rui Vinhas e António Carvalho, que se sacrificaram deveras em prol da equipa, tendo Carvalho andado autenticamente serra acima a puxar e a esperar para rebocar no que foi preciso fazer. Na linha da tradição que ao longo dos tempos sempre houve no FC Porto, como lembra, por exemplo, o caso de Ernesto Coelho que na Volta de 1964 perdeu a possibilidade dum lugar no pódio em favor da vitória dum colega, quando Joaquim Leão alcançou a camisola amarela dessa Volta em que saiu vencedor, depois.


Assim o FC Porto rola para uma possível nova vitória na Volta, podendo somar mais um título individual e coletivo aos que já tem e que, até agora, são para já 13 vitórias da classificação individual e 14 as vitórias coletivas na história da Volta a Portugal em Bicicleta, antes de terminar a atual edição. Ao passo que Amaro Antunes, grande animador desta tirada da véspera do final, tendo saído vencedor da mesma mítica etapa, somou ao longo da mesma a pontuação que o sagra entretanto virtual vencedor do Prémio da Montanha, título em que sucede como ciclista portista a grandes nomes como Fernando Moreira, Carlos Carvalho (o famoso Rei da Montanha, como vencedor por quatro vezes), Mário Silva e José Amaro.


Está então a chegar à meta final a 79ª Volta a Portugal, no ano do 90º aniversário da 1ª edição, com a realização do contra-relógio individual de encerramento da prova. Estando o FC Porto com a camisola amarela e ainda mais o segundo classificado, que o mesmo é dizer que, vença quem vencer dos dois, importa que seja um do FC Porto. Estando Alarcón à frente, desde a primeira etapa, vai abrindo o livro da história à possibilidade de pela primeira vez ser um ciclista estrangeiro a vencer a Volta em representação do FC Porto, como clube de estatuto mundial que é. O que se saúda e aprecia, tal como foi de rosto crestado do sol do norte de África que, através de Madjer, veio o calcanhar que abriu caminho ao primeiro grande triunfo internacional do futebol, e das exóticas paisagens sul-americanas, por meio de Juary, que foi o golo vitorioso de Viena, também Raúl Alarcón, que já trouxera esta época para as cores azuis e brancas a primeira prova europeia de ciclismo, com a êxito da Volta às Astúrias (já que a nível internacional foi em 1957 a vitória de Artur Coelho na Clássica 9 de Julho no Brasil), pode então Alarcón também triunfar agora na Grandíssima Portuguesa e trazer de Espanha bom vento  tal como no futebol o guardião Casillas tem com o FC Porto bom casamento.


Armando Pinto
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1 comentário:

  1. Respondendo a comentários anónimos aqui entrados, assim como comentei com um amigo conhecido, noutro meio, respondo sobre o caso de nas declarações públicas os responsáveis da equipa e os próprios ciclistas terem sempre dito que Gustavo era o nº 1:
    - Eu tenho ideia que isso de defender o Gustavo foi sempre uma tática de distração, pois assim como o ano passado os adversários deixaram o Vinhas escapar-se, por pensarem que a aposta total era noutro (embora o Gustavo ficasse depois triste, mas penso que foi por causa de comentários que ouviu do público), também desta vez deixaram inicialmente o Alarcón ganhar a etapa que lhe deu a amarela, o que fez com que os opositores depois tiveram de se desgastar. Penso que na equipa do FC Porto se sabia que o Gustavo andava fraco. Tanto que durante a época o Gustavo Veloso fez poucas provas, resguardando-se mais para a principal que é a Volta a Portugal, de modo que ainda conseguiu vencer uma etapa, para já, podendo até fazer boa figura no último contra-relógio, pelo menos. E a resolução de na etapa da serra da Estrela terem sido lançados vários corredores da equipa, como se costuma dizer pondo a carne toda no assador, quer dizer qualquer coisa.
    Armando Pinto

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